RESUMO
Em experimentos conduzidos em câmaras de crescimento com trigo suscetível cultivar BR 23, foram avaliadas as interações entre cinco temperaturas (10, 15, 20, 25 e 30°C) e onze períodos de molhamento na intensidade da giberela (FHB). Cada temperatura constou um experimento e as horas de molhamento os tratamentos. A doença ocorreu mesmo a 10ºC, a temperatura mínima testada, e a incidência máxima a 25oC ambas com 50h de molhamento. As variações na intensidade de FHB do trigo em função da temperatura foram explicadas pelo modelo Beta generalizado, e a duração do molhamento das espigas pelo modelo de Gompertz. A intensidade da doença foi modelada em função da temperatura e da duração dos picos de molhamento. A equação resultante representa uma descrição da resposta da incidência de espiguetas de FHB aos efeitos combinados de temperatura e duração do molhamento. Como a infecção requer um longo período de molhamento, sua origem não deve ser o orvalho e sim a chuva, sugere-se que antes da ocorrência de uma chuva prevista, durante o período de predisposição do trigo, seja feita a aplicação de fungicidas.
Palavras chave
Apoio à decisão; clima;
Fusarium graminearum
; giberela;
Gibberella zeae
;
Triticum aestivum