RESUMO
As manchas foliares do trigo causadas por Drechslera siccans e, principalmente, D. tritici-repentis são de difícil controle pelas misturas de fungicidas sítio específicos. Devido ao desenvolvimento da resistência, o uso das misturas duplas de sítio específicos apresenta controle inferior a 50%. Em experimento conduzido no campo com a cultivar de trigo Jadeíte 11, parcelas de 3 x 6 m, com quatro repetições, avaliou-se o efeito da adição de fungicida multi sítio às misturas de fungicidas no controle das manchas foliares. Foi avaliado o efeito das misturas picoxistrobina + ciproconazol, cresoxim metílico + epoxiconazol, azoxistrobina + ciproconazol, piraclostrobina + epoxiconazol, piraclostrobina + fluxapiroxada, trifloxistrobina + protioconazol e azoxistrobina + propiconazol adicionadas de cinco doses de mancozebe, 0; 1,5; 2,0; 2,5 e 3,0 kg/ha. A primeira aplicação foi feita após o afilhamento com 30% de incidência foliar e as outras duas com intervalos de 15 a 18 dias. Os fungicidas foram aplicados com pulverizador costal e pressão gerada por CO2 e vazão de 180 L/ha. Foi quantificada a severidade foliar das manchas, calculado o controle, determinado o percentual de clorofila nas folhas-bandeiras e o rendimento de grãos. A média do controle das manchas foliares pelas misturas sem adição do fungicida multi sítio foi de 44%. A severidade da doença foi reduzida em função da adição de doses do mancozebe em todos os tratamentos. Controle superior a 80% foi obtido com as misturas de cresoxim metílico + epoxiconazol e piraclostrobina + epoxiconazol, ambas adicionadas de no mínimo 2,0 kg/ha de mancozebe. Houve reflexo positivo no aumento do rendimento de grãos do trigo em função do controle, variando de 3005 kg/ha no melhor tratamento e 2026 kg/ha na testemunha.
Palavras-chave
Drechslera siccans; D. tritici-repentis; etilenobisditiocarbamato de manganês; falha de controle; triazóis; estrobilurinas; carboxamidas
