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Decomposição dos restos culturais do milho e da soja sob condições de campo e sua função como fonte de inóculo primário

Parasitas necrotróficos de órgãos aéreos sobrevivem saprofiticamente, na esntre-safra, nos restos culturais dos hospedeiros. Em experimento conduzido no campo quantificou-se o tempo, em meses, para a decomposição dos restos culturais do milho e da soja, posicionados na superfície do solo simulando o plantio direto. Os restos culturais das duas espécies foram coletados no dia da colheita mecânica, cortados em peças de 5,0cm de comprimento e uma massa de 200g acondicionada em recipientes de malha de náilon. Mensalmente foram removidos do campo e levados ao laboratório aonde se procedeu a pesagem. Demonstrou-se que os restos culturais do milho foram mineralizados num tempo de 37 meses e os da soja em 34,5 meses. Os principais fungos necrotróficos parasitas diagnosticados em resíduos de milho foram Colletotrichum gramicola, Diplodia spp. e Gibberella zeae, e nos restos culturais da soja Cercospora kikuchii, Colletotrichum spp, Glomerella sp e Phomopsis spp. Pode-se inferir que estes são os tempos a serem observados na rotação de culturas visando à redução dos restos culturais e conseqüentemente do inóculo na área cultivada.

parasitas necrotróficos; restos de cultura; tempo de decomposição


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