RESUMO
Plantio direto e alta população de plantas são práticas usuais em lavouras de soja na região sul do Brasil o que tem favorecido o incremento de doenças da haste e da vagem. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de populações de plantas na incidência de seca da haste. Os experimentos foram conduzidos no município de Muitos Capões, estado do Rio Grande do Sul, nas safras agrícolas de 2006/07 e 2007/08 com as cultivares BRS 255 RR e CD 213 RR. Foram avaliadas as populações de 12, 18, 24, 30 e 36 plantas m-2, com espaçamento entre linhas de 0,45 m. As unidades experimentais constaram parcelas de cinco metros de largura e dez metros de comprimento, arranjadas em delineamento experimental de blocos ao acaso, com quatro repetições. A incidência da doença foi quantificada nos estádios fenológicos R5.1, R5.5, R6 e R7, sendo os dados obtidos submetidos à análise de regressão. O aumento na população de plantas de soja provocou incremento positivo e significativo na incidência de seca da haste nos quatro estádios fenológicos, em ambas cultivares e safras. Não foi detectada diferença significativa no rendimento de grãos de soja em função do aumento na população de plantas. Os resultados mostram que o manejo da soja evitando elevada população de plantas contribui para reduzir a incidência de seca da haste.
Palavras-chave
densidade de plantas; Glycine max; Phomopsis longicolla; plantio direto
