Estudaram-se os aspectos clínicos e o padrão anatomopatológico de 150 mulheres na pós-menopausa, consoante o teste provocativo pelo progestogênio. Realizou-se biópsia de endométrio, seguida pelo teste do progestogênio. Observou-se que, entre as mulheres com teste do progestogênio positivo, a análise histopatológica da mucosa uterina revelou 44 percent de endométrio ativo e 56 percent de atrófico ou inativo. Já as mulheres com resposta negativa, apresentaram 94 percent de endométrio atrófico e 6 percent com endométrio ativo. Analisando-se os aspectos clínicos, não se observaram diferenças significantes entre os grupos em relação a idade, idade da menarca e da menopausa, glicemia de jejum e índice de massa corpórea. Entretanto, o tempo de pós-menopausa foi significantemente menor nas mulheres com teste positivo, observando-se associação entre tempo de menopausa entre um e dois anos e positividade do teste. O teste provocativo pelo progestogênio para detecção de endométrio atrófico apresentou: sensibilidade de 78,57 percent; especificidade de 77,05 percent; valor preditivo positivo de 44 percent e negativo de 94 percent. Portanto, quando negativo, o teste do progestogênio é de grande valia, indicando em 94 percent das vezes endométrio atrófico. Os resultados falso-negativos ocorreram em apenas 6 percent, não se encontrando nenhum caso de hiperplasia. Entretanto, quando a resposta do teste foi positiva, em 56 percent o endométrio foi atrófico. Sugere-se, que no intuito de se evitar a realização de procedimentos invasivos, promova-se a associação do teste do progestogênio com outros métodos propedêuticos, como, por exemplo, a ultra-sonografia transvaginal.
