CONTEXTO E OBJETIVO
O termo mastocitose abrange um grupo de raras doenças caracterizado por proliferação neoplásica e acúmulo de mastócitos clonais em um ou mais órgãos. O objetivo do presente estudo foi avaliar os principais elementos para o diagnóstico e tratamento dessas desordens.
TIPO DE ESTUDO E LOCAL
Revisão narrativa da literatura realizada no Grupo Fleury, São Paulo, Brasil.
MÉTODOS
O presente estudo revisou artigos científicos publicados nas bases de dados PubMed, Embase (Excerpta Medica Database), Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e Cochrane Library, que foram identificados com o termo de busca “mastocitose”.
RESULTADOS
A apresentação clínica da mastocitose é marcadamente heterogênea, variando de lesões cutâneas que podem regredir espontaneamente, até formas agressivas associadas a falência de órgãos e curta sobrevida. Atualmente, sete subtipos de mastocitose são reconhecidos pela classificação de tumores hematopoéticos da Organização Mundial de Saúde; o diagnóstico é realizado com base nas manifestações clínicas e na identificação de mastócitos neoplásicos por métodos morfológicos, imunofenotípicos, genéticos e moleculares. Mastócitos anômalos apresentam morfologia atípica, frequentemente fusiforme, e expressão aberrante dos antígenos CD25 e CD2. Aumento de triptase sérica é um achado comum em alguns subtipos; e mais que 90% dos pacientes apresentam mastócitos com a mutação KIT D816V.
CONCLUSÃO
No presente artigo, descrevemos os sintomas e sinais mais comuns em pacientes com mastocitose e sugerimos uma prática abordagem para o diagnóstico, classificação e tratamento clínico inicial.
Mastocitose; Diagnóstico; Anatomia; Citometria de fluxo; Terapêutica