CONTEXTO E OBJETIVO:
Vários estudos já avaliaram o papel da 25-hidroxivitamina D (25OHD3) na patogênese do diabetes tipo 2 (DM2) e apresentaram resultados controversos. Os processos metabólicos que culminam no DM2 se iniciam no pré-diabetes. Nosso objetivo foi analisar a associação da 25OHD3 com o metabolismo glicêmico em indivíduos sem diagnóstico mas com alto risco para diabetes.
TIPO DE ESTUDO E LOCAL:
Estudo transversal em hospital terciário.
MÉTODOS:
Medidas antropométricas e laboratoriais foram determinadas em pacientes com um ou mais dos fatores de risco: hipertensão; índice de massa corpórea (IMC) ≥ 25 kg/m2; circunferência abdominal > 80 cm no sexo feminino e > 94 cm no sexo masculino; parentes de primeiro grau com diabetes; mulheres com filho nascido grande para idade gestacional ou com DM2 na gravidez; colesterol HDL (high density lipoprotein) < 35 mg/dl e triglicerídeo > 250 mg/dl. Os pacientes foram divididos em dois grupos: um com pré-diabetes (glicemia de jejum ou teste de tolerância oral à glicose alterados) e outro com glicose normal (euglicêmicos).
RESULTADOS:
Entre pré-diabéticos (n = 38) e euglicêmicos (n = 15) não houve diferença estatística na idade (66,4 ± 10,6 versus 62,6 ± 9,1 anos), gênero (52,6 versus 73,3% feminino) e IMC (30,1 ± 4,61 versus 27,9 ± 4,7 kg/m2). Baixos niveis séricos de 25OHD3 foram encontrados nos dois grupos, sem diferença estatística entre eles (29,1 ± 11,8 versus 26,87 ± 9,2 ng/dl).
CONCLUSÃO:
Não houve associação entre os níveis de 25OHD3 e as variáveis clínicas e laboratoriais analisadas.
Vitamina D; Intolerância à glucose; Estado pré-diabético; Hiperglicemia; Diabetes mellitus