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Melanoma de vulva: relato de onze casos e revisão da literatura

CONTEXTO E OBJETIVO: Melanoma de vulva é uma doença rara. Descrevemos a experiência de uma instituição e revisamos a literatura. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo retrospectivo no Departamento de Ginecologia do Hospital do Câncer A. C. Camargo. MÉTODOS: De Janeiro de 1987 a Dezembro de 2006, foram revisados aspectos clínico-patológicos, tratamento cirúrgico e acompanhamento de 11 pacientes com melanoma de vulva. RESULTADOS: Lesão vulvar, prurido, dor e sangramento foram sintomas iniciais. A idade mediana foi 64,8 anos. A mediana da profundidade de invasão foi 3.08 mm. O estadiamento variou de IB a IIIC (American Joint Committee on Cancer, 2002). Todas as pacientes foram submetidas a vulvectomia. Duas pacientes não foram submetidas a linfadenectomia eletiva primária. A linfadenectomia inguinal bilateral foi realizada em cinco pacientes e uma foi submetida à linfadenectomia inguinal unilateral. A pesquisa do linfonodo sentinela foi realizada em três casos. Cinco tiveram recidiva locorregional. A sobrevida prolongada esteve relacionada com a ausência de comprometimento linfonodal. O tempo mediano de acompanhamento foi de 56 meses. A sobrevida mediana livre de doença foi de 15 meses e a sobrevida mediana global de 29 meses. CONCLUSÕES: O prognóstico das pacientes com melanoma de vulva geralmente é ruim, com tendência a recorrência regional e à distância. A profundidade de invasão e envolvimento linfonodal são os principais fatores prognósticos. Na maioria dos casos a ressecção da lesão com margens adequadas pode substituir a vulvectomia. A linfadenectomia inguino-femoral eletiva ainda é o procedimento padrão para estadiamento linfonodal. Pesquisa do linfonodo sentinela é factível e deve ser realizada por equipe multidisciplinar com experiência no método.

Neoplasias vulvares; Excisão de linfonodo; Biópsia de linfonodo sentinela; Literatura de revisão como assunto; Melanoma


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