OBJETIVOS: Confirmar observações anteriores (PARRA e col. 19,20) que sugeriam a possibilidade de fazer crescer o fígado em animais intactos, por estímulo hepatotrófico exógeno, ultrapassando seu tamanho biologicamente pré-determinado. MATERIAL E MÉTODOS: Dois grupos de fêmeas de ratos Wistar, foram injetadas diariamente na cavidade peritoneal (40 ml/kg) por sete dias consecutivos com as seguintes soluções: GRUPOA (controle) - solução salina com carboximetilcelulose (CMC) a 0.25%; GRUPO B - solução de fatores hepatotróficos exógenos constituída de glicose, aminoácidos, insulina, glucagon, vitamins, eletrólitos, trilodotironina e CMC na mesma concentração do grupo controle. No oitavo dia os animais foram sacrificados e avaliados os seguintes parâmetros: variação da massa hepática e DNA total do fígado dos animais do grupo experimental em relação ao grupo controle. RESULTADOS: Foi observado crescimento da massa hepática de 114,16 ± 7,9% acima do esperado e aumento do DNA total hepático de 12,99 ± 0,46 mg para 20,17 por fígado (p=0.0002). CONCLUSÃO: O aumento do tamanho do fígado a partir de sua massa primitiva, estimulada por fatores hepatotróficos exógenos, pode vir a ter aplicações em hepatologia, como em casos de cirroses revertendo parcialmente as alterações histológicas e funcionais, ou em transplantes intre-vivos, criando maior massa hepática a ser dividida entre doador e receptor.