OBJETIVO: Estudar o diagnóstico, prognóstico e manejo da ruptura espontânea do esôfago. DESENHO: Este é um estudo através de dois casos com diagnóstico demorado e subseqüente no Serviço de Cirurgia. LOCAL: este estudo foi realizado na Unidade de Cirurgia Torácica do Hospital do Servidor Público Estadual Francisco Morato de Oliveira na cidade de São Paulo. PARTICIPANTES: os dois pacientes aqui relatados sofreram ruptura espontânea do esofago. Estes pacientes haviam sido transferidos para a Unidade de Cirurgia Torácica devido à piora da condição clínica na instituição em que haviam sido anteriormente admitidos. MENSURAÇÃO: os dois pacientes corn fístula esôfago-pleural receberam tratamento semelhante, inicialmente proposto por Kanashin na Rússia e por Hauer-Santos nos Estados Unidos. Este tratamento consiste em lavagem da fistula com aspiração continua. RESULTADOS: embora ambos os pacientes tenham passado um longo período no hospital, a evolução foi satisfatória com o tratamento adotado e a fístula fechou. CONCLUSÃO: os autores concluem que o método de lavagem do mediastino e a respiração pleural continua é uma alternativa satisfatória em pacientes que sofreram ruptura espontânea do esôfago e desenvolveram fístula devido à demora no diagnóstico. Além disso, a fim de obter o melhor resultado, o diagnóstico precoce é necessário e recomenda-se a toracotomia como procedimento cirúrgico, com sutura primária.