CONTEXTO E OBJETIVO:
Diante da existência no Brasil de uma política pública universal de fornecimento de medicamentos para tratamento do HIV e aids, o objetivo é descrever formas de relacionamento entre os médicos e as empresas farmacêuticas produtoras de antirretrovirais (ARVs).
TIPO DE ESTUDO E LOCAL:
Estudo epidemiológico de tipo transversal realizado no estado de São Paulo.
MÉTODOS:
Foi realizado cruzamento entre bancos de dados secundários e entrevistas estruturadas, por meio telefônico, em amostra de 300 médicos representativa de 2.361 profissionais que assistem pacientes com HIV e aids.
RESULTADOS:
Cerca de dois terços (64%) dos médicos entrevistados que prescrevem ARVs para tratamento de HIV e aids no Estado de São Paulo declararam que tiveram alguma relação com empresas farmacêuticas, sendo mais frequentes o recebimento de publicações (54%), de visita de propagandistas (51%) e de objetos de pequeno valor (47%).
CONCLUSÃO:
Destacam-se duas formas de relacionamento entre a indústria farmacêutica e os médicos que trabalham com HIV-aids: facilitação do acesso dos profissionais à educação continuada e promoção da marca de medicamentos antirretrovirais.
Indústria farmacêutica; Prescrições de medicamentos; Ética médica; Antirretrovirais; Síndrome de imunodeficiência adquirida