CONTEXTO: Métodos diferentes de imagem podem identificar a integridade das próteses mamárias e também a extensão de um possível extravasamento do silicone. Mamografia, ultra-sonografia e ressonância magnética são comumente utilizados para avaliar a possibilidade de ruptura de próteses em pacientes que são sintomáticos. Um grupo de pacientes clinicamente assintomáticas para ruptura foi tomado como amostra nesse trabalho. Elas estavam descontentes com suas próteses e queriam removê-las ou trocá-las por razões psicológicas ou estéticas. OBJETIVO: O propósito deste trabalho foi comparar a eficácia da mamografia, ultra-sonografia e ressonância magnética na detecção de ruptura de prótese mamária numa população assintomática. TIPO DE ESTUDO: Trabalho prospectivo. LOCAL: Departamento de Diagnóstico por Imagem, Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina, São Paulo. MÉTODOS: 44 pacientes assintomáticas para ruptura que tiveram suas inclusões removidas cirurgicamente. Foram realizadas mamografia e ultra-sonografia de 83 próteses e ressonância magnética de 77 próteses. Sensibilidade e especificidade da mamografia, ultra-sonografia e ressonância magnética utilizando critérios diagnósticos predeterminados para ruptura. Os sinais radiológicos encontrados são discutidos e os falsos positivos e negativos são retrospectivamente avaliados para identificar quais foram as falhas diagnósticas, utilizando-se os achados operatórios como padrão ouro. RESULTADOS: A sensibilidade e especificidade da mamografia foram de 20% e 89%, respectivamente; da ultra-sonografia, de 30% e 81%, respectivamente, e, da ressonância magnética, de 64% e 77%. Ressaltam-se as diferenças apresentadas pelos grupos: próteses incluídas por motivo estético e por motivo oncológico. CONCLUSÕES: Concluímos que a ressonância magnética é o método preferencial isolado a ser utilizado.
Ruptura; Mamografia; Ultrasonografia; Ressonância magnética; Cirurgia plástica; Mamoplastia