O linfoma primário do testículo (LPT) foi descrito como uma entidade clínica pela primeira vez em 1866. É uma doença rara e corresponde a 1% de todos os linfomas não-Hodgkin, 2% de todos os linfomas extranodais e 5% de todos as neoplasias testiculares. É o tumor testicular mais comum em homens entre 60 e 80 anos de idade. LPT é único em sua elevada incidência de envolvimento bilateral (8-38%), sendo o tumor testicular bilateral mais comum. Tem uma predileção por disseminação para regiões extranodais não-contíguas, especialmente para o sistema nervoso central (SNC). Estágios avançados da doença são usualmente tratados com quimioterapia à base de doxorubicina. Para os estágios mais precoces, as opiniões são divergentes quanto à quimioterapia associada à orquiectomia. A alta prevalência de disseminação, especialmente para o SNC, sugere o uso de quimioterapia intratecal como profilaxia. Estudos prospectivos multicêntricos incluindo um grande número de pacientes poderiam resolver a questão com relação ao manejo deste subtipo de linfoma não-Hodgkin.
Linfoma; Testículo; Sistema nervoso central; Injeções; Neoplasias da genitália masculina; Orquiectomia