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Trauma perineal após parto vaginal em parturientes saudáveis

CONTEXTO E OBJETIVOS:

Apesar do cuidado médico executado durante o trabalho de parto, os traumas perineais ainda são prevalentes e podem levar a várias desordens do assoalho pélvico. O objetivo foi investigar a prevalência de injúrias obstétricas e do esfíncter anal em mulheres saudáveis após parto vaginal.

DESENHO E LOCAL DE ESTUDO:

Estudo transversal envolvendo 3.034 pacientes com recém-natos únicos de um hospital secundário de baixo risco.

MÉTODOS:

Um questionário padronizado foi preparado e aplicado aos prontuários completamente preenchidos (classificação do Royal College of Obstetricians and Gynecologists) para identificar as lesões obstétricas e do esfíncter anal e analisar fatores de risco associados com lacerações perineais leves e graves.

RESULTADOS:

A média de idade das mulheres era 25 anos; mais da metade (54,4%) era primípara. Quase 38% das participantes tiveram lacerações perineais; estas foram graves em 0,9% dos casos. A presença de parto vaginal prévio (odds ratio, OR, 1,64 [1,33-2,04]) e o parto fórceps (OR 2,04 [1,39-2,97]) foram fatores de risco associados às lesões perineais leves (primeira e segunda classificações de lesão esfíncter e anal). Somente a posição em pé prolongada durante a atividade profissional (OR 2,85 [1,34-6,09]) estava associada com lesões perineais graves.

CONCLUSÃO:

A prevalência de trauma perineal grave concordou com dados da literatura. A variável posição em pé foi considerada fator de risco para trauma perineal grave e necessita ser investigada.

Lacerações; Segunda fase do trabalho de parto; Equilíbrio postural; Episiotomia; Forceps obstétrico


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