CONTEXTO E OBJETIVO:
Dados sobre os custos do seguimento ambulatorial pós-transplante de fígado são escassos no Brasil. O objetivo do presente estudo foi estimar os custos diretos médicos do seguimento ambulatorial pós-transplante de fígado a partir da primeira visita ambulatorial pós-transplante até cinco anos após o transplante.
TIPO DE ESTUDO E LOCAL:
Estudo de descrição de custos realizado em um hospital universitário em São Paulo, Brasil.
MÉTODOS:
Dados de custos estavam disponíveis para 20 adultos que foram submetidos a transplante de fígado devido a insuficiência hepática aguda (IHA) de 2005 a 2009. Os dados foram retrospectivamente obtidos em prontuários médicos e no sistema de informação contábil hospitalar de dezembro de 2010 a janeiro de 2011.
RESULTADOS:
A média de custo por paciente/ano foi de R$ 13.569 (US$ 5.824). O primeiro ano de acompanhamento foi o mais caro, R$ 32.546 (US$ 13,968), e medicação foi o principal impulsionador dos custos totais, respondendo por 85% dos custos totais no período de cinco anos e 71,9% dos custos totais do primeiro ano. No segundo ano pós-transplante, os custos médios totais foram cerca da metade do montante de custos do primeiro ano (R$ 15.165 ou US$ 6,509). Medicação foi o maior contribuinte para os custos seguido da internação, no período de cinco anos. No quarto ano, os custos dos testes diagnósticos superam os custos de internação.
CONCLUSÃO:
Esta análise proporciona uma compreensão significativa dos custos do seguimento ambulatorial pós-transplante de fígado por IHA e a participação de cada componente de custo no cenário brasileiro.
Custos de cuidados de saúde; Custos e análise de custo; Transplante de fígado; Falência hepática aguda; Assistência ambulatorial