RESUMO
CONTEXTO E OBJETIVO:
Busca nos portais SciELO e PubMed encontrou poucos estudos sobre indivíduos positivos para o vírus da imunodeficiência humana (HIV) em instituições de longa permanência para idosos (ILPIs), fato este que justifica o presente estudo. O objetivo foi verificar se há soropositivos para o HIV em instituições de ILPIs.
TIPO DE ESTUDO E LOCAL:
Estudo transversal por consulta à Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) de ILPI com 405 leitos.
MÉTODOS:
Solicitaram-se 405 prontuários de pacientes internados, nos quais se pesquisou sorologia reagente ao HIV para análise de: [1] idade e gênero; [2] período de internação na ILPI (meses); [3] causa(s) e diagnósticos à internação na ILPI pela Classificação Internacional de Doenças, 10a edição; [4] data do diagnóstico do HIV; [5] soropositividade para sífilis e vírus da hepatite B e C; [6] medicamentos em uso na última prescrição no prontuário; e [7] média de linfócitos CD4 baseada em: número total de linfócitos/6 e número total de linfócitos x 0,8 x 0,2 ou 0,3.
RESULTADOS:
Quatro homens eram HIV-positivos. Eles tinham 71,2 ± 8,6 anos de idade; 74,2 ± 38,1 meses na ILPI e 24,5 ± 17 meses de soropositividade (diagnósticos realizados como triagem padrão da CCIH). Havia sequelas de acidente vascular cerebral em 3 e síndrome demencial em 1; sorologias positivas para sífilis em 2, vírus hepatite B em 2 e C em 1. Os principais fármacos utilizados eram: lamivudina, zidovudina, lopinavir, ritonavir, levotiroxina, omeprazol, ranitidina, lactulona e risperidona. O CD4 foi estimado em 341 ± 237/mm3.
CONCLUSÕES:
Há soropositivos para o HIV em ILPIs, passíveis de diagnóstico em triagens sorológicas e de tratamento com antirretrovirais.
PALAVRAS CHAVES:
Idoso; Serviços de saúde para idosos; Soroprevalência de HIV; Infecções por HIV; Instituição de longa permanência para idosos