CONTEXTO: É necessário que cada UTI possa avaliar seu próprio desempenho no contexto global da assistência médica e possa ser igualmente avaliada pela instituição em que está inserida. Existem mecanismos avaliadores do tratamento intensivo, amplamente reconhecidos pela literatura médica mundial. OBJETIVOS: Estudar a evolução de grupos de doentes críticos e comparar as respectivas taxas de mortalidade real e esperada. TIPO DE ESTUDO: Estudo prospectivo da evolução de pacientes. LOCAL: Unidade de cuidados terciários de um hospital-escola durante 13 meses. (UTI da Anestesiologia da Escola Paulista de Medicina). PARTICIPANTES: 520 pacientes, agrupados segundo sexo, idade e caráter da internação. TESTE DIAGNÓSTICO: Para avaliação da gravidade e previsão de mortalidade, foi aplicado nos três grupos - doentes não-cirúrgicos, cirúrgicos em urgências e cirúrgicos eletivos - o índice prognóstico APACHE II modificado. VARIÁVEIS ESTUDADAS: Índice APACHE II. RESULTADOS: O índice permitiu a estratificação e o cálculo do risco de óbito de grupos de doentes. A taxa de mortalidade observada foi superior à esperada (28,5% e 23,6%, respectivamente), com diferença estatisticamente significante, sendo que a razão mortalidade observada/mortalidade esperada foi 1,20. Dos pacientes com escore acima de 25, 89% evoluíram para óbito. Os grupos de pior evolução foram, pela ordem: pacientes não cirúrgicos, cirúrgicos em urgências e cirúrgicos eletivos; a mortalidade geral observada foi superior à esperada. CONCLUSÕES: A aplicação do índice serviu para estratificar grupos de pacientes críticos de acordo com a sua gravidade.
Gravidade; Mortalidade; Medicina Intensiva; APACHE II