CONTEXTO E OBJETIVO:
A osteoporose é uma desordem esquelética caracterizada por baixa densidade mineral óssea. Estudos têm demonstrado que alguns componentes genéticos relacionados com a menor densidade mineral óssea podem ser detectados por polimorfismos. Nosso objetivo foi avaliar a presença do polimorfismo de genes em mulheres pós-menopáusicas com baixa densidade mineral óssea.
TIPO DE ESTUDO E LOCAL:
Estudo transversal, conduzido em universidade pública em São Paulo, Brasil.
MÉTODOS:
Avaliamos os polimorfismos relacionados à interleucina-6 (IL-6), o gene receptor de progesterona (PROGINS) e glutationa S-transferase (GST) em 110 mulheres na pós-menopausa sem terapia hormonal prévia. Os testes foram realizados com DNA-PCR a partir de raspados orais. Foram utilizados teste t de Student e modelo de regressão logística para análise estatística.
RESULTADOS:
Em relação ao polimorfismo IL-6, 58,2% dos pacientes eram homozigotos (GG) e 41,8% tinham o alelo C (heterozigoto ou homozigoto mutante + GC ou CC). Nos genótipos do polimorfismo PROGINS, 79% estavam ausentes (homozigoto selvagem ou P1/P1) e 20,9% presentes (heterozigoto ou P1/P2). No polimorfismo do GSTM1, o alelo (1/1) estava presente em 72,7% dos pacientes e ausente em 27,3%. Encontramos significância estatística entre o polimorfismo genético da IL-6 com o T-score de L2-L4 (P = 0,032) e a densidade mineral óssea (P = 0,005). As mulheres com polimorfismo da IL-6 tiveram 2,3 vezes mais chance de ter menos de -1 na L2-L4 T-score, quando comparadas às não portadoras.
CONCLUSÃO:
O polimorfismo do gene da IL-6 está correlacionado com baixa densidade mineral óssea, enquanto os polimorfismos GSTM1 e PROGINS não mostraram correlação.
Polimorfismo genético; Interleucinas; Receptores de progesterona; Densidade óssea; Pós-menopausa