A síndrome hemofagocítica (SH) caracteriza-se por um quadro clínico de febre, hepatoesplenomegalia, linfonodomegalia e pancitopenia periférica. A fagocitose de elementos hematopoiéticos por macrófagos, morfologicamente normais, está na origem da síndrome. A SH é considerada rara, manifestando-se como uma doença primária, ou associada a vírus, a neoplasias ou a doenças auto-imunes. O tratamento é controverso e a sua evolução, muitas vezes é fatal. A avaliação anátomo-patológica, apresenta o fenômeno da hemofagocitose em diversos órgãos, incluindo, principalmente, os hematopoéticos. Apresentamos os vários contextos clínicos no qual esta síndrome aparece, a importância do seu diagnóstico e o estudo da interação entre as citoquinas, as células imunorreguladoras e a terapêutica imunossupressora. Exemplificamos a síndrome hemofagocítica através de um caso clínico, com seus dados complementares, incluindo os necroscópicos.