CONTEXTO: O câncer de pulmão de células não pequenas evolui, na maioria dos casos, com metástases a distância. Ossos, sistema nervoso central, glândula adrenal e fígado são os sítios mais frequentes de metástases. Disseminação para pele, miocárdio, tireoide e intestino pode ocorrer, entretanto é rara. RELATO DE CASO: Descrevemos um caso de carcinoma espinocelular (CEC) de pulmão com metástase em cólon e tireoide, em mulher de 66 anos. A lesão era irressecável, e foi iniciada quimioterapia. A paciente evoluiu com suboclusão intestinal e a colonoscopia evidenciou pólipo colônico cuja biópsia e imunoistoquímica (IHQ) foram compatíveis com CEC de origem pulmonar. Em consulta de acompanhamento, detectou-se nódulo tireoidiano cuja punção aspirativa e IHQ de cellblock confirmaram CEC de origem pulmonar. Após quimioterapia de terceira linha, a paciente evoluiu com abdome agudo obstrutivo por massa retroperitoneal, sendo submetida a laparotomia exploradora, vindo a falecer por complicações da cirurgia. Metástases para tireoide e cólon são raramente reportadas em carcinomas epidermoides de pulmão. O envolvimento gastrointestinal por metástases de pulmão pode acometer estômago, intestino delgado e cólon, e casos de sangramento e perfuração já foram reportados. Embora ricamente vascularizada, a tireoide é sítio infrequente de metástases. Os sítios refletem prognósticos reservados na evolução clínica. Não encontramos, na literatura, relato prévio de câncer de pulmão com metástases em cólon e tireoide concomitantes em um único paciente.
Glândula tireóide; Neoplasias pulmonares; Colo; Metástase neoplásica; Carcinoma pulmonar de células não pequenas
