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A síndrome de Marfan: uma revisão geral

Síndrome de Marfan é uma condição autossômica dominante com prevalência estimada de 1 em 10.000 a 20.000 indivíduos. É uma rara desordem hereditária do tecido conjuntivo que afeta muitas partes do corpo. O diagnóstico da síndrome de Marfan é feito de acordo com uma revisão dos critérios diagnósticos conhecida como a nosologia Ghent, por meio de uma avaliação abrangente, em grande parte baseada em uma combinação de pequenas e grandes manifestações clínicas em vários sistemas de órgãos e na história familiar. Dilatação da raiz aórtica e prolapso da valva mitral são as principais apresentações entre as malformações cardiovasculares da síndrome de Marfan. A patogênese da síndrome de Marfan não foi totalmente esclarecida, mas acredita-se que mutações genéticas de fibrillina-1 exercem um efeito negativo dominante. Portanto, a síndrome de Marfan é denominada como fibrilinopatia, juntamente com outras desordens do tecido conectivo, com sutis diferenças nas manifestações clínicas. O tratamento pode incluir β-bloqueadores profiláticos e bloqueadores dos receptores da angiotensina II, a fim de retardar a dilatação da aorta ascendente e cirurgia profilática da aorta. De importância, a terapia com β-bloqueadores pode reduzir a ativação de TGF-β, que foi reconhecido como um fator contribuinte da síndrome de Marfan. O presente artigo visa proporcionar uma visão global desta rara desordem de hereditariedade.

Aneurisma aórtico; Aracnodactilia; Doenças do tecido conjuntivo; Síndrome de Marfan; Prolapso da valva mitral


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