CONTEXTO E OBJETIVO: A deficiência auditiva na criança é uma das desordens humanas cujo impacto tem efeito devastador produzindo sérias conseqüências no desenvolvimento da fala e linguagem. O diagnóstico precoce da perda auditiva deve ser objetivo de uma equipe interdisciplinar e ser seguido imediatamente por programas de intervenção precoce. O objetivo foi investigar o conhecimento e condutas de pediatras e residentes em pediatria de um hospital-escola terciário em relação à surdez. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal, hospital terciário do Estado de São Paulo. MÉTODOS: Oitenta e oito questionários distribuídos para pediatras e residentes em pediatria. RESULTADOS: Analisados 36 questionários. A maioria dos entrevistados (61,1%) foi de residentes em pediatria e/ou neonatologia. Oitenta e três por cento realizavam alguma conduta especial com bebês de alto risco para surdez, e 55% referiram não ter conhecimento sobre técnicas de triagem auditiva. A maioria desconhecia as classificações de grau e tipo de perda auditiva. Para 47,2%, a criança poderia utilizar o aparelho auditivo a partir de seis meses. A maioria referiu que a criança poderia realizar reabilitação auditiva nos primeiros seis meses de vida e todos os entrevistados responderam que é função do médico ter preocupação com a comunicação da criança. CONCLUSÕES: Mesmo a maioria adotando condutas especiais com bebês de alto risco para surdez, não se investigava rotineiramente a audição. Todos os entrevistados julgaram ser função do médico se preocupar com a comunicação da criança.
Questionários; Pediatria; Audição; Surdez; Diagnóstico precoce