Este artigo examina o debate filosófico que ocorreu no início da década de 1960 entre os físicos Henry Margenau e Eugene Wigner, de um lado, e o filósofo e matemático Hilary Putnam, de outro, a respeito dos fundamentos da mecânica quântica. Putnam argumentou que os postulados da teoria quântica são inconsistentes, ao que Margenau e Wigner retrucaram, introduzindo a consciência humana no debate. Procuramos entender os motivos que suscitaram o debate, dado que as posições dos autores não eram tão díspares. A discussão foi bastante acalorada, indicando que fatores não epistêmicos inflamaram a discussão. O debate marcou a ascensão do estilo de filosofia da física feita em departamentos de filosofia.
Margenau; Wigner; Putnam; Filosofia da física; Fundamentos da mecânica quântica; Problema da medição; Realismo; Consciência; Controvérsia científica; Fatores não-epistêmicos