RESUMO
Objetivo:
compreender os significados da experiência de amamentar atribuídos por mulheres privadas de liberdade.
Método:
trata-se de uma pesquisa qualitativa, desenvolvida por meio dos princípios da análise comparativa dos dados, adotando a codificação aberta e axial, e do Interacionismo Simbólico como referencial teórico. A coleta de dados foi feita por meio de entrevistas em profundidade, com 27 nutrizes e três gestantes, em seis penitenciárias do Estado de São Paulo, que compuseram três grupos amostrais.
Resultados:
a análise dos dados resultou em três temas: “Buscando a remissão pela maternidade”, onde a amamentação se insere como elemento de promoção vínculo entre mãe e filho e na promoção do bem estar materno, mas está inserida em um contexto de conflitos e perdas sociais; “Vivendo o cotidiano do apego e a expectativa da separação”, que reflete a possibilidade de ruptura da relação mãe e filho, com a conclusão do período de permanência regulamentar da criança no ambiente prisional; “Reconhecendo que houve perdas”, mas que valeu a pena, que revela uma avaliação materna sobre sua decisão de manter a criança junto a si na prisão.
Conclusão:
a amamentação é um dos cuidados fundamentais que a mulher privada de liberdade pode oferecer ao filho, e ainda, experiência alentadora que propicia o bem estar infantil e materno e que ela vivencia em meio a um contexto de rupturas, conflitos e preocupações com suas perdas pessoais e a condição penal.
DESCRITORES:
Prisões; Aleitamento materno; Saúde da mulher; Saúde materno-infantil; Relações mãe-filho; Enfermagem