Estudo sobre o impacto da organização do trabalho de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem na Atenção Básica e a sua relação com a saúde destes trabalhadores. Estudo transversal, descritivo e inferencial, com análise bivariada usando o qui-quadrado de Pearson. Amostra intencional de 171 profissionais, aplicando-se um questionário fechado com perguntas individuais e um formulário de observação. Escores de insatisfação altos foram obtidos nos itens relação com a chefia (83,6%), com colegas (76,3%), relativo aos horários (71,9%) e auto-percepção de pouco controle e oportunidade de decisão sobre o seu trabalho (63,5%). Associação estatisticamente significativa foi encontrada entre as variáveis clima ruim de trabalho com os companheiros e conflito com clientes (p=0,01), má organização de turnos e horários (p=0,00) e ritmo acelerado (p=0,00). Conclui-se que há necessidade de incluir um olhar específico sobre a organização do trabalho na Atenção Básica, e do apoio de uma política de saúde do trabalhador de enfermagem e saúde.
Enfermagem; Condições de trabalho; Riscos ocupacionais; Saúde do trabalhador