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ENVOLVIMENTO DE ADOLESCENTES DO NORTE DE PORTUGAL COM O ÁLCOOL

RESUMO

Objetivo:

analisar a relação entre variáveis sociodemográficas e envolvimento de adolescentes com o álcool.

Método:

estudo descritivo-correlacional, transversal de abordagem quantitativa, com uma amostra de 378 alunos, que frequentavam o ensino secundário regular, no Concelho de Chaves, Norte de Portugal. Como instrumento de coleta de dados, utilizou-se um questionário que incluía a escala de Envolvimento com o Álcool para Adolescentes.

Resultados:

a maioria dos alunos era do sexo feminino (60,8%), pertencia ao grupo etário dos 17-18 anos (53,2%) e enquadrava-se na categoria "bebedor habitual sem problemas" (79,9%). Os adolescentes do sexo masculino tinham um maior envolvimento com as bebidas alcoólicas (p=0,010).

Conclusão:

o envolvimento com o álcool parece estar num nível intermediário, relacionado com o sexo, grupo etário, ano de escolaridade e prática de uma religião. Esses resultados justificam o desenvolvimento de intervenções comunitárias, com o objetivo de prevenir o consumo de bebidas alcoólicas.

DESCRITORES:
Consumo de bebidas alcoólicas; Adolescente; Grupo associado; Intoxicação alcoólica; Transtornos relacionados ao uso de álcool

ABSTRACT

Objective:

to analyze the relationship between sociodemographic variables and involvement of adolescents with alcohol.

Method:

a cross-sectional descriptive and correlational study, with a quantitative approach, was conducted with a sample of 378 students who attended regular high school in the city of Chaves, in Northern Portugal. A questionnaire that included the Adolescent Alcohol Involvement Scale was used as data collection instrument.

Results:

most students were female (60.8%), aged between 17 and 18 years (53.2%), and fit in the category "Regular drinker without problems" (79.9%). Male adolescents were more commonly involved with alcohol (p=0.010).

Conclusion:

involvement with alcohol seems to be in an intermediate level, associated with gender, age group, level of schooling, and religious practice. These results justify the development of community interventions, with the aim of preventing alcohol consumption.

DESCRIPTORS:
Alcohol drinking; Adolescent; Peer group; Alcoholic intoxication; Alcohol-related disorders

RESUMEN

Objetivo:

analizar la relación entre las variables sociodemográficas y el involucramiento de los adolescentes con el alcohol.

Método:

se realizó un estudio descriptivo-correlacional y transversal de enfoque cuantitativo, con una muestra de 378 estudiantes que asisten al colegio regular en el condado de Chaves, Norte de Portugal. Como instrumento de recolección de datos se utilizó un cuestionario que incluía la escala del Involucramiento de los Adolescente con el Uso de Alcohol.

Resultados:

la mayoría de los estudiantes de la muestra eran mujeres (60,8%), pertenecían al grupo de edad de 17-18 años (53,2%) y entraron en la categoría de "bebedor habitual sin problemas" (79,9%). Los hombres mostraron un mayor involucramiento con las bebidas alcohólicas (Mann-Whitney: p=0,010).

Conclusiones:

el involucramiento con el alcohol parece estar en un nivel intermedio, siendo relacionado con el sexo, edad, grado y práctica de una religión. Estos resultados justifican realizar intervenciones en la comunidad, para prevenir el consumo..

DESCRIPTORES:
Consumo de bebidas alcohólicas. Adolescente. Grupo paritario; Intoxicación alcohólica. Trastornos relacionados con alcohol

INTRODUÇÃO

A adolescência é uma fase do ciclo de vida onde ocorrem várias transformações. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a adolescência compreende o período entre 10 e 19 anos de idade, sendo desencadeada por mudanças corporais e fisiológicas resultantes da maturação fisiológica, bem como mudanças sociológicas no que diz respeito à fase de transição da infância para idade adulta.11. United Nations Children`s Fund. (UNICEF). Situação mundial da infância. Adolescência, uma fase de oportunidades [documento na Internet]. Geneve (CH): ONU; 2011 [cited 2014 Mai 24]. Available from: https://www.unicef.pt/18/Relatorio_SOWC_ 2011.pdf-22. Cobb NJ. Adolescence: continuity, change, and diversity. 7ª ed. Sunderland (US): Sinauer Associates; 2010.

A procura de novas experiências, o egocentrismo próprio da adolescência e a sensação de maior invulnerabilidade, levam, muitas vezes, à adoção de comportamentos de risco potenciados pelo consumo de álcool, quer em jovens, quer em adultos, uma vez que o consumo dessa droga está generalizado nas sociedades do mundo ocidental.33. Goodwin D. Alcoholism: the facts. New York (US): Oxford University Press; 2000. A proporção de adolescentes com padrões de consumo nocivos e perigosos cresceu na primeira década do segundo milênio, sendo que, para a maioria dos indivíduos, as primeiras experiências de consumo tendem a acontecer no início da adolescência.44. Barroso TMM, Mendes AMO, Barbosa AJF. Programa de prevenção do uso/abuso de álcool para adolescentes em contexto escolar: parar para pensar. Esc Anna Nery. 2013; 17(3):466-73.

No estudo sobre o consumo de álcool, tabaco e drogas relativo a Portugal, com uma amostra de 13.000 alunos do sétimo ao 12º ano de escolaridade, com idades compreendidas entre 13 e 18 anos, o uso de álcool foi de 74,0%, sendo que as bebidas alcoólicas mais consumidas foram as destiladas.55. Feijão F, Lavado E, Calado V. Estudo sobre o consumo de álcool, tabaco e drogas. Grupos etários dos 13 aos 18 anos. Portugal Continental/2011. ECTAD-ESPAD/Portugal-2011. Lisboa (PT): IDT/NEI; 2011.

Essa prevalência de uso de álcool, em Portugal, é um pouco mais baixa do que a média dos 36 países que participaram no estudo Substance Use Among Students (ESPAD), que foi de 79,0%. Nesse estudo, o consumo de álcool foi bastante diferente entre os países participantes, não existindo um padrão geográfico claro. As maiores proporções foram verificadas na República Checa, Dinamarca, Alemanha, Grécia e Mônaco (cerca de 90%). As mais baixas foram observadas na Islândia e Albânia (inferior a 50%). É mais frequente o consumo elevado nos meninos, mas existem países onde os valores são mais elevados entre as meninas. A cerveja e as bebidas destiladas foram as mais consumidas.66. Hibell B, Guttormsson U, Ahlstrom S, Balakireva O, Bjarnason T, Kokkevi A, et al.; The Swedish Council for Information on Alcohol and other Drugs (CAN). The 2011 ESPAD Report. Substance use among students in 36 European Countries [Internet]. Stockholm (Sweden): CAN; 2012 [cited 2016 Apr 25]. Available from: http://www.espad.org/uploads/espad_reports/2011/the_2011_espad_report_full_2012_10_29.pdf
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O uso de álcool foi diferente entre os continentes, sendo que no continente europeu as prevalências são mais elevadas do que no continente americano, como é o caso dos EUA (50%), mas também do México (61,8%)77. López-Cisneros MA, Villar Luis MA, Alonso Castillo MM, Alonso Castillo MTJ, Rodriguez Aguilar L. Actitud ante el consumo y no consumo de alcohol en estudiantes de Preparatoria - México. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2013 [cited 2016 May 08]; 47(4): 815-21. Available from: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v47n4/0080-6234-reeusp-47-4-0815.pdf
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e do Brasil (42,4%).88. Cardoso LRD, Malbergier A. Problemas escolares e o consumo de álcool e outras drogas entre adolescentes. Psicol Esc e Educ [Internet]. 2014 [cited 2016 May 08]; 18(1): 27-34. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572014000100003
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Sabe-se que o Brasil apresenta um padrão de consumo de álcool, per capita, inferior a países como o Japão (continente asiático), os EUA e a Alemanha.99. Acselrad G, Karam ML, David HMS, Alarcon S, Pfeil FM, Andrade CSG. Consumo de bebidas alcoólicas no Brasil. Estudo com base em fontes secundárias [Relatório de Pesquisa na Internet]. Rio de Janeiro: Faculdade latino-americana de Ciências Sociais; 2012 [cited 2016 May 07]. Available from: http://flacso.org.br/files/2015/02/RelatorioConsumodoAlcoolnoBrasilFlacso05082012.pdf

Em Portugal, o Plano Nacional de Saúde 2012-2016, faz referência a essa problemática, designada "Uma juventude à procura de um futuro saudável", em que salienta o aumento do consumo de álcool, na faixa etária dos 15 aos 24 anos e indica o Programa Nacional de Redução dos Problemas ligados ao Álcool como referência no combate a esse agravo, sendo considerada área com recomendação de intervenção e classificada como determinante de saúde para a redução do consumo de álcool.1010. Direção-Geral da Saúde (DGS-P). Plano Nacional de Saúde 2012-2016 [documento na internet]. Lisboa (PT): DGS; 2012 [cited 2014 May 24]. Available from: http://pns.dgs.pt/pns-em-portugues/

O álcool é a substância psicoativa mais usada pelos adolescentes e jovens adultos, quer no continente europeu, quer no continente americano. Apesar do seu consumo na adolescência ser ilegal, continua sendo um importante problema de saúde pública, pois é o maior fator de risco para a saúde desse grupo.1111. World Health Organization (WHO). Framework for alcohol policy in the WHO European Region [Internet]. Copenhague: WHO Regional Office for Europe; 2006 [cited 2014 May 24]. Available from: http://www.euro.who.int/__data/assets/pdf_file/0007/79396/E88335.pdf
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12. Veloza Gómez M, Simich L, Strike C, Brands B, Giesbrecht N, Khenti A. Medio social y uso simultáneo de alcohol y tabaco en estudiantes universitarios de Pregrado de Carreras de Ciencias de la Salud de una Universidad, Cundinamarca - Colombia. Texto Contexto Enferm [Internet]. 2012 [cited 2016 Apr 25]; 21(Esp):41-8. Available from: http://www.scielo.br/pdf/tce/v21nspe/v21nspea05.pdf
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-1313. Caravaca Morera JA, Noh S, Hamilton H, Brands B, Gastaldo D, Wright MGM. Factores socioculturales y consumo de drogas entre estudiantes universitários Costarricences. Texto Contexto Enferm [Internet]. 2015 [cited 2016 Apr 25]; 24(Esp): 145-53. Available from: http://www.scielo.br/pdf/tce/v24nspe/0104-0707-tce-24-spe-00145.pdf
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Estudar os comportamentos de saúde dos adolescentes e os fatores que os influenciam é essencial para o desenvolvimento de políticas de educação para a saúde, programas de promoção da saúde e intervenções dirigidas a essa faixa etária. Muitos dos comportamentos dos adolescentes podem influenciar, direta ou indiretamente, sua saúde a curto e a longo prazo.1414. Matos MG, Simões C, Carvalhosa SF, Reis C. A saúde dos adolescentes portugueses [Internet]. Lisboa (PT): FMH/PEPT- Saúde; 2006 [cited 2014 May 24]. Available from: www.aventurasocial.com

É no âmbito dessa temática, que emerge o nosso problema: quais os fatores sociodemográficos associados ao envolvimento com as bebidas alcoólicas de adolescentes, que frequentam o ensino secundário nas escolas públicas do Concelho de Chaves, Norte de Portugal? Estudos acerca do envolvimento dos jovens com o álcool já têm sido realizados em Portugal e em outros países. No entanto, a população de alunos do ensino secundário tem sido pouco estudada, e nessa região portuguesa não têm sido realizados estudos com esse objetivo. Assim, o estudo é pertinente, uma vez que se pretende intervenções com essa população, o que torna necessário conhecer suas características comportamentais quanto a esse consumo.

Estabeleceu-se o seguinte objetivo: analisar a relação entre as variáveis sociodemográficas e o envolvimento de adolescentes com o álcool.

MÉTODO

Trata-se de um estudo descritivo-correlacional, seccional1515. Fortin MF, Côté J, Fillion F. Fundamentos e etapas do processo de investigação. Loures (PT): Lusodidacta; 2009. que integra o estudo dos padrões de consumo de álcool por adolescentes matriculados no 10 º, no 11º e no 12º ano, em escolas públicas de Chaves, cidade ao Norte de Portugal, no período letivo de 2012-2013.

A população deste estudo era constituída pelos alunos do ensino secundário do 10 º, do 11º e do 12º ano de escolaridade (ensino regular), que frequentavam as três escolas públicas existentes no Concelho de Chaves, Portugal, no ano letivo 2012-2013, doravante designadas por A, B e C, por questões éticas, num total de 979 sujeitos.

Os critérios de inclusão na amostra foram: a) Adolescentes frequentando o ensino secundário (ensino regular), no ano letivo 2012-2013; b) Adolescentes de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 15 anos.

A amostra de conveniência foi composta por 119 alunos da Escola A, 127 da Escola B e 132 da Escola C, num total de 378 alunos, cerca de 38,61% da população.

Utilizamos como instrumento de coleta de dados a escala de Envolvimento com o Álcool para Adolescentes (AAIS), elaborada por Mayer e Filstead, que foi validada para a população portuguesa.1616. Fonte A, Alves A. O uso da escala de envolvimento com o álcool para adolescentes (AAIS): avaliação das caraterísticas psicométricas. Rev Soc Port Alcoologia. 1999; 3(4):17-24. Trata-se de um instrumento de autoavaliação dirigido, especificamente, às populações jovens, tendo como base os aspectos característicos do padrão de consumo de bebidas alcoólicas nesse grupo etário, com o objetivo de quantificar o grau de relacionamento dos adolescentes com o consumo de álcool e determinar a gravidade dos problemas relacionados com tal consumo. É uma escala de autopreenchimento, sendo composta por variáveis de nível de medição ordinal.

O instrumento de coleta de dados foi constituído por 14 questões fechadas, com o propósito de avaliar diferentes respostas, de acordo com a frequência e intensidade do consumo de álcool. A pontuação total variou de 0 a 79 pontos. Os resultados encontram-se agrupados em cinco categorias: Abstinente (0 pontos); Bebedor ocasional (1-19 pontos); Bebedor habitual sem problemas (20-41 pontos); Bebedor habitual com problemas (42-57 pontos); e Alcoholic like (58-79 pontos). Ou seja, a maior pontuação corresponde a um maior envolvimento dos adolescentes com o álcool.

O estudo foi aprovado pela Direção-Geral da Educação do Ministério da Educação e Ciência, Departamento de Monitorização de Inquéritos em Meio Escolares, tendo como referência o pedido de autorização do inquérito n.º 0351800001, registrado em 26/11/2012. Após a aprovação, foi solicitada formalmente autorização aos Diretores(as) do Conselho Executivo de cada escola que fez parte deste estudo, para aplicação do questionário, que confirmaram o seu parecer favorável.

A coleta de dados decorreu de abril a maio de 2013, nas três escolas públicas do Concelho de Chaves, Portugal. Após a autorização para a aplicação dos questionários, houve uma reunião com os diretores de turma e professores para apresentação dos objetivos do estudo e fornecidas informações acerca das questões da pesquisa, para uniformizar o procedimento de coleta de dados, e salientada a importância do anonimato. Em seguida, foi obtido o consentimento informado junto aos pais/encarregados de educação dos estudantes menores de idade e dos adolescentes que aceitassem participar do estudo. Após a recepção dos consentimentos informados, os professores distribuíram nas suas turmas os questionários de autopreenchimento e, após preenchimento, estes foram depositados pelos alunos em uma caixa específica para essa finalidade. Ao término de um período determinado com os professores, os investigadores efetuaram uma visita às escolas envolvidas para recolha dos questionários. Em algumas escolas, foi necessária uma segunda visita para recuperar o maior número possível de questionários

Realizaram-se análises descritivas (cálculo de frequências absolutas e relativas) das variáveis; e as categorias de uso e frequência do consumo de álcool, denominadas Categorias da escala AAIS (Abstinente; Bebedor ocasional; Bebedor habitual sem problemas; Bebedor habitual com problemas e Alcoholic like) foram relacionadas às características sociodemográficas dos estudantes. As associações foram analisadas por meio das estatísticas Mann-Whitney (MW) e Kruskal-Wallis (KW), recomendadas para o estudo de inferências a partir de variáveis ordinais.1717. Marôco J. Análise estatística com o PASW Statistics. Lisboa (PT): Report Number; 2010. As análises foram feitas através do software Statistical Package for the Social Sciences (versão 19.1, IBM SPSS(r)).

A caracterização sociodemográfica da amostra dos alunos participantes no estudo foi efetuada quanto ao sexo, grupo etário, escola frequentada, ano de escolaridade e prática religiosa.

RESULTADOS

A maioria dos participantes (60,8%) era do sexo feminino, com idades entre 17-18 anos (53,2%), o maior grupo de alunos frequentava a Escola A (34,9%), o 12º ano de escolaridade (45,2%) e assumia-se como praticante de alguma religião (61,4%). A média de idade foi de 16,7 anos (DP=±1,3 anos) variando entre 15 e 21 anos (Tabela 1).

Tabela 1
Caracterização sociodemográfica da amostra de alunos. Concelho de Chaves, Portugal, 2013. (n=378)

Em relação ao sexo não houve diferenças significativas entre os alunos das escolas. (c2: p ≥ 0,072), sendo a proporção de meninas mais elevada do que a dos meninos em duas delas, mas diferiam quanto ao grupo etário (c2: p < 0,001), tendo a Escola A maior proporção de alunos do grupo etário dos 15-16 anos e a Escola C do grupo etário dos 17-18 anos.

Do total da amostra, consideravam-se consumidores de bebidas alcoólicas 86,8% dos alunos. A pontuação total da escala AAIS apresentou uma média de 24,93± 9,631, com mínimo de 0 e um máximo de 62 pontos. A média do sexo masculino foi de 26,9 pontos, sendo superior à do sexo feminino. O grupo etário de ≥ 19 anos obteve a média mais elevada de 27,27 pontos.

Da amostra, a maior proporção dos alunos enquadrava-se na categoria Bebedor habitual sem problemas (79,9%). No entanto, apresentou-se um percentual residual na categoria dos Bebedores habituais com problemas (1,1%) e na categoria Alcoholic like (0,3%). Nessa última categoria estava enquadrada apenas uma aluna.

Quanto à distribuição dos alunos por sexo, verificamos que as proporções de adolescentes femininas enquadradas nas categorias de menor envolvimento foram superiores às dos adolescentes masculinos, sendo mais do que o dobro na categoria de Bebedor ocasional. A situação inverte-se nas duas categorias seguintes de maior envolvimento, nas quais as proporções dos meninos são superiores, não existindo meninas na categoria Bebedor habitual com problemas.

Relativamente aos grupos etários, constatamos que a proporção de alunos do grupo etário de 15-16 anos era maior nas duas categorias de menor envolvimento com o álcool, do que nos grupos etários de idade superior, invertendo-se essa posição nas categorias seguintes, em que existe um aumento progressivo das proporções, à medida que aumenta a idade, exceto, na última categoria do Alcoholic like, em que o único caso pertence ao grupo etário dos 17-18 anos (Tabela 2).

Tabela 2
Categorias da escala AAIS, por sexo e grupo etário. Conselho de Chaves, Portugal, 2013. (n=378)

O envolvimento com o álcool difere, significativamente, quanto ao sexo (MW: p= 0,010), tendo o sexo masculino obtido uma média de posição mais elevada do que o sexo feminino, significando maior envolvimento com o álcool nos meninos.

Em relação ao grupo etário, o envolvimento com o álcool difere, significativamente, (KW: p=0,001), sendo que os alunos que pertenciam ao grupo etário ≥19 anos obtiveram a média de posição mais elevada, o que corresponde o maior envolvimento com o álcool.

O mesmo se verificou quanto ao ano de escolaridade (KW: p=0,000), em que os alunos que frequentavam o 12º ano obtiveram a média de posição mais elevada, significando maior envolvimento com o álcool.

No que diz respeito às escolas, não foram observadas diferenças significativas entre os alunos que as frequentavam, relativamente ao envolvimento com o álcool (KW: p=0,120).

Por último, o envolvimento dos alunos com o álcool difere, significativamente, quanto à prática de uma religião (MW: p=0,002), sendo que aqueles que não praticavam nenhuma religião obtiveram uma média de posição mais elevada, ou seja, têm maior envolvimento com o álcool (Tabela 3).

Tabela 3
Resultados dos testes estatísticos entre a variável categorias da AAIS* e as variáveis atributos. Conselho de Chaves, Portugal, 2013. (n = 378);

DISCUSSÃO

Estudo efetuado em Portugal com 360 adolescentes do ensino secundário,1818. Magalhães IMM. Consumo de tabaco, álcool e drogas ilícitas dos jovens: um estudo comparativo entre o litoral e o interior [dissertação]. Porto (PT): Universidade Fernando Pessoa; 2010. em uma escola em Vila Nova de Famalicão (litoral) e em uma escola em Bragança (interior), com idades compreendidas entre 14 e 21 anos, evidenciou que a maioria dos estudantes também era do sexo feminino (59,7%), proporção ligeiramente inferior à nossa. O mesmo sucedeu no estudo PINGA,1919. Reis A, Barros J, Fonseca C, Parreira L, Gomes M, Figueiredo I, et al. Prevalência da ingestão de álcool nos adolescentes: Estudo PINGA. Rev Port Clin Geral. 2011; 27: 338-46. desenvolvido no distrito de Bragança (Nordeste de Portugal), com uma amostra de 1.061 adolescentes escolarizados, com idades compreendidas entre 13 e 19 anos, em que a proporção de meninas foi de 51,6%, embora inferior à do presente estudo.

Os resultados relativos à média das idades vão ao encontro do estudo efetuado na cidade de Viseu,2020. Valente GAA. Auto-regulação e consumo de álcool em adolescentes do distrito de Viseu [dissertação na Internet]. Viseu (PT): Escola Superior de Saúde de Viseu. Instituto Politécnico de Viseu; 2012 [cited 2014 May 24]. Available from: http://repositorio.ipv.pt/handle/10400.19/1628
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cuja amostra foi constituída por 917 alunos, do ensino secundário (10º, 11º e 12º ano), a média da idade foi de 16,80±1,38 anos, e a idade mínima de 14 e máxima de 21 anos, sendo esses resultados muito semelhantes aos do nosso estudo, onde a média da idade foi de 16,96±1,269 anos, idade mínima de 15 anos e máxima de 21 anos.

No que concerne ao ano de escolaridade frequentado pelo aluno, na nossa amostra, a maioria frequentava o 12º ano de escolaridade (45,2%), o que difere do estudo realizado em Viseu,2020. Valente GAA. Auto-regulação e consumo de álcool em adolescentes do distrito de Viseu [dissertação na Internet]. Viseu (PT): Escola Superior de Saúde de Viseu. Instituto Politécnico de Viseu; 2012 [cited 2014 May 24]. Available from: http://repositorio.ipv.pt/handle/10400.19/1628
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em que o maior grupo de alunos (46,9%) frequentava o 11º ano de escolaridade.

A prevalência de consumidores de bebidas alcoólicas em nossa amostra foi de 86,8%, percentual bastante elevado, sendo superior à prevalência de consumo de bebidas alcoólicas, obtida no estudo realizado em Vila Nova de Famalicão e Bragança,1818. Magalhães IMM. Consumo de tabaco, álcool e drogas ilícitas dos jovens: um estudo comparativo entre o litoral e o interior [dissertação]. Porto (PT): Universidade Fernando Pessoa; 2010. que foi de 77,7% entre estudantes do litoral e de 66% para alunos do interior, mas, ainda assim, uma proporção um pouco mais baixa do que a obtida no estudo da cidade de Viseu,2020. Valente GAA. Auto-regulação e consumo de álcool em adolescentes do distrito de Viseu [dissertação na Internet]. Viseu (PT): Escola Superior de Saúde de Viseu. Instituto Politécnico de Viseu; 2012 [cited 2014 May 24]. Available from: http://repositorio.ipv.pt/handle/10400.19/1628
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que foi de 90,6%. Por seu lado, o estudo PINGA1919. Reis A, Barros J, Fonseca C, Parreira L, Gomes M, Figueiredo I, et al. Prevalência da ingestão de álcool nos adolescentes: Estudo PINGA. Rev Port Clin Geral. 2011; 27: 338-46. obteve uma prevalência ao longo da vida de 89,8%, ligeiramente superior a do presente estudo.

Os nossos resultados relativos à prevalência de consumo de bebidas alcoólicas (86,8%), apresentou maior envolvimento dos estudantes do sexo masculino e do grupo etário dos ≥ 19 anos. Tais resultados são corroborados pelo estudo sobre o consumo de substâncias psicoativas com 678 adolescentes do sétimo ao décimo ano de escolaridade, de uma escola secundária com terceiro ciclo, da cidade de Vila Real,2121. Carvalho AAS, Lemos E, Raimundo F, Costa M, Cardoso F, Sousa MC, et al. Caracterização do consumo de substâncias psicoactivas numa população escolar. Rev Toxicodependências. 2007; 13(3):31-6. que mostrou que 49,0% da amostra informou consumir bebida alcoólica, sendo que 21,5% foram do sexo feminino e 27,5% do sexo masculino, a maioria pertencia ao grupo etário dos 13-15 anos, os mais velhos. A menor prevalência explica-se por se tratar de uma amostra mais jovem, continuando a manter-se a diferença entre os gêneros.

Relativamente à pontuação da escala AAIS, no presente estudo foi obtida uma média de 24,93±9,631 pontos, um mínimo 0 e máximo 62 pontos, enquanto no estudo de Viseu,2020. Valente GAA. Auto-regulação e consumo de álcool em adolescentes do distrito de Viseu [dissertação na Internet]. Viseu (PT): Escola Superior de Saúde de Viseu. Instituto Politécnico de Viseu; 2012 [cited 2014 May 24]. Available from: http://repositorio.ipv.pt/handle/10400.19/1628
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a mesma média foi de 24,62±9,86 pontos, com um mínimo 0 e um máximo de 47 pontos, ou seja, uma média ligeiramente inferior a do nosso estudo, assim como a pontuação máxima, o que indica maior envolvimento com o álcool dos sujeitos do presente estudo.

Os resultados obtidos em estudo realizado na cidade de Vila Real,2222. Minhava V. Consumo de álcool por alunos do ensino secundário do concelho de Vila Real no ano letivo 2012/2013 [Dissertação]. Vila Real (PT): Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; 2014. com amostra de 501 alunos do ensino secundário, são superiores aos dois estudos citados anteriormente, uma vez que se obteve uma média de 33,7±7,7 pontos, um mínimo de 16 e um máximo de 64 pontos, pontuação que indica ainda um maior envolvimento com o álcool no grupo estudado.

Já no que se refere às categorias da mesma escala, a maioria de nossa amostra enquadrou-se na categoria Bebedor habitual sem problemas (79,9%), e apenas 0,3% na categoria Alcoholic like, coincidente com as categorias do estudo de Viseu,2020. Valente GAA. Auto-regulação e consumo de álcool em adolescentes do distrito de Viseu [dissertação na Internet]. Viseu (PT): Escola Superior de Saúde de Viseu. Instituto Politécnico de Viseu; 2012 [cited 2014 May 24]. Available from: http://repositorio.ipv.pt/handle/10400.19/1628
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embora este estudo tenha obtido um percentual ligeiramente inferior ao nosso na primeira categoria (75,3% e 0,7%, respetivamente).

Constatou-se existir relação entre o envolvimento dos participantes com o álcool e o sexo, o grupo etário, ano de escolaridade e prática religiosa do aluno, tendo o estudo de Vila Real,2222. Minhava V. Consumo de álcool por alunos do ensino secundário do concelho de Vila Real no ano letivo 2012/2013 [Dissertação]. Vila Real (PT): Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; 2014. revelado apenas uma relação entre aquela variável e a variável ano de escolaridade. No entanto, enquanto no presente estudo, o envolvimento com o consumo de álcool aumenta do décimo para o 12º ano, refletindo a influência do aumento da idade, no estudo em comparação, o maior envolvimento é o dos alunos do 11º ano de escolaridade, seguido pelos alunos do 12º ano e, por último, os alunos do décimo ano. Esta nuance diferencial pode ser explicada por se tratar de comunidades escolares diferentes.

O estudo PINGA revelou que os adolescentes do sexo masculino apresentavam um consumo maior de álcool, com diferenças estatísticas significativas (p=0,032), tal como sucedeu no presente estudo com o envolvimento com as bebidas alcoólicas.1919. Reis A, Barros J, Fonseca C, Parreira L, Gomes M, Figueiredo I, et al. Prevalência da ingestão de álcool nos adolescentes: Estudo PINGA. Rev Port Clin Geral. 2011; 27: 338-46.

Os resultados do nosso estudo vão ao encontro| dos achados de estudos realizados em Portugal no período compreendido de 2003 a 2011, com amostras de adolescentes entre 13 e 18 anos, que revelaram que o consumo de álcool tende a aumentar de modo linear com a idade, sendo maior no sexo masculino.2323. Loureiro LMJ, Barroso TMM, Mendes AMO, Rodrigues MA, Oliveira RAA, Oliveira NRN. Literacia em saúde mental de adolescentes e jovens portugueses sobre abuso de álcool. Esc Anna Nery. 2013 jul-set; 17(3):474-81.

Esses resultados corroboram os obtidos em estudos internacionais realizados na Argentina, sendo o primeiro com uma amostra de 6.736 jovens, de idades compreendidas entre 16 a 24 anos, e o segundo em que participaram 1.328 alunos, dos 13 aos 15 anos, nos quais se constatou relação entre o consumo de álcool e o sexo masculino e aumento da idade.2424. Débora Acosta l, Ruth Fernández A, Pillon SC. Factores sociales para el uso de alcohol en adolescentes y jóvenes. Rev Latino-Am Enfermagem [Internet]. 2011 [cited 2016 Apr 25]; 19(Esp): 171-81. Available from: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v19nspe/15.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v19nspe/15...
-2525. Pierobon M, Barak M, Hazrati S, Jacobsen KH. Alcohol consumption and violence among Argentine Adolescents. J Pediatria (Rio J) [Internet]. 2013 [cited 2016 Apr 25]; 89(1): 100-07. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0021-75572013000100015&script=sci_arttext&tlng=en
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S002...
No entanto, também já existem estudos que registam maiores prevalências de consumo entre meninas, a exemplo de estudos realizados no Brasil.2626. Malta DC, Mascarenhas MD, Porto DL, Barreto SM, Neto OLM. Exposição ao álcool entre escolares e fatores associados. Rev Saúde Pública [Internet]. 2014 [cited 2016 Apr 25]; 48(1): 52-62. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102014000100052
http://www.scielo.br/scielo.php?script=s...

27. Pratta EMM, Santos MA. Fatores de risco para o uso na vida e no ano de álcool entre adolescentes do ensino médio. Rev Eletr Saúde Mental Álcool Drog Pública [Internet]. 2013 [cited 2016 Apr 25]; 9(1):18-24. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2011000500014
http://www.scielo.br/scielo.php?script=s...
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http://www.scielo.br/scielo.php?script=s...
Essas diferenças entre as pesquisas brasileiras e este estudo podem ser explicadas pela diversidade de localização, pois a região portuguesa, onde a pesquisa foi realizada, é muito tradicional, estando os comportamentos de risco mais associados ao sexo masculino.

Este estudo contribuiu para identificar a proporção de adolescentes envolvidos no consumo de álcool, existindo uma proporção elevada de bebedores habituais, dos quais cerca de 1,4% são bebedores habituais com problemas, o que indica a necessidade de ajudar a reabilitar os adolescentes envolvidos com consumo de álcool de forma urgente.

As principais limitações deste estudo relacionam-se, sobretudo, pelo fato de se tratar de um estudo transversal que não permite estabelecer relações causa-efeito e da amostra não ser aleatória, não permitindo generalização dos resultados.

Seria útil, no sentido de aprofundar o conhecimento obtido por este estudo, a realização de investigação de abordagem qualitativa, que permitisse identificar as razões que levam os adolescentes do sexo masculino a um envolvimento maior com o álcool e o efeito protetor da prática religiosa.

CONCLUSÃO

Ao considerar a pontuação da escala AAIS, o presente estudo indica uma média intermédia entre os dois principais estudos em comparação, significando um envolvimento médio com o álcool entre estudantes alunos da amostra, reforçado pelo fato da maioria deles (79,9%) se enquadrar na categoria de Bebedor habitual sem problemas.

Constatou-se existir relação estatística entre as categorias de envolvimento com o álcool e o sexo, grupo etário, ano de escolaridade e prática religiosa, sendo variáveis que influenciavam aquele comportamento.

Estes resultados justificam o desenvolvimento de intervenções no âmbito de enfermagem comunitária, com o objetivo de prevenir o consumo de bebidas alcoólicas nesse grupo etário. O presente estudo poderá constituir a primeira etapa da metodologia do planejamento em saúde, para ações relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas, desenvolvidas por unidades de cuidados na comunidade, que atuam em áreas geográficas, onde se localizam as escolas envolvidas neste estudo.

As ações dirigidas à prevenção do consumo de bebidas alcoólicas entre os jovens deverão ter um caráter multissetorial, contínuo, para que se possa sensibilizar toda a sociedade, envolvendo os diferentes parceiros, entre os quais a comunidade escolar, especialmente a família, as equipes de saúde escolar e as autarquias locais, e não se produzir intervenções voltadas apenas aos alunos.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    2016

Histórico

  • Recebido
    15 Out 2015
  • Aceito
    23 Ago 2016
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