RESUMO
Objetivo:
analisar a prevalência e os fatores associados à síndrome locomotora em idosos comunitários.
Método:
estudo do tipo transversal, desenvolvido em núcleo de atenção ao idoso, em Teresina, Piauí, Brasil. A amostra foi por conveniência e constituída por 204 idosos com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos, com capacidade cognitiva preservada, segundo parâmetros do Mini Exame do Estado Mental. A coleta de dados ocorreu de março a novembro de 2018, por meio da aplicação de um formulário para caracterização sociodemográfica, clínica e de ocorrência de quedas e da Escala Geriátrica da Função Locomotora de 25 itens. Para aferição da força das associações entre as variáveis, adotaram-se razão de chances e intervalos de confiança de 95%. Nível de significância estatística estabelecido de 5% para as análises.
Resultados:
a prevalência da síndrome locomotora encontrada foi de 37,2%. Os fatores associados à presença da síndrome locomotora foram renda mensal individual (p=0,005); existência de uma das comorbidades: hipertensão arterial sistêmica (p=0,039), osteoporose (p=0,016), artrose (p<0,001) ou obesidade (p=0,014); e histórico de hospitalização, no último ano (p=0,007).
Conclusão:
a prevalência da síndrome locomotora encontrada no presente estudo foi baixa e apresentou-se maior em idosos, com renda mensal individual de dois a três salários mínimos; que referiram ter hipertensão, osteoporose, artrose ou obesidade; e com histórico de hospitalização, no último ano. A condição de saúde investigada se mostrou relacionada ao envelhecimento, com repercussões significativas sobre a funcionalidade.
DESCRITORES:
Idoso; Locomoção; Síndrome; Doenças musculoesqueléticas; Envelhecimento saudável; Enfermagem geriátrica