RESUMO
Objetivo: analisar a influência da cartilha “Como você pode contribuir para a segurança do bebê no hospital?”, em relação ao conhecimento e comportamento dos acompanhantes quanto às ações de segurança do neonato.
Método: estudo quase experimental, do tipo antes e depois, foi desenvolvido com 60 acompanhantes de neonatos na unidade de cuidados intermediários neonatal de um hospital público, entre dezembro de 2022 e fevereiro de 2023. A coleta ocorreu por meio de dois grupos, controle e experimental, com o uso da cartilha e ocorreu em três fases: pré e pós-teste e intervenção. Para comparar os escores de pré e pós-teste foi utilizado o Teste de Kolmogorov-Smirnov e McNemar e o nível de significância adotado foi de α=0,05.
Resultados: o grupo experimental apresentou um percentual maior de acertos no pós-teste após utilização da cartilha, evidenciando aumento do conhecimento e comportamento positivo nas ações de segurança. Entretanto, apenas os itens de conferência da pulseira e confirmação de seus dados antes do cuidado apresentaram significância estatística.
Conclusão: a cartilha demonstrou ser uma ferramenta importante no processo de educação e saúde, o que pode ser favorável para a segurança do neonato.
DESCRITORES: Segurança do paciente; Neonatologia; Participação do paciente; Educação em saúde; Enfermagem
ABSTRACT
Objective: to analyze the influence of the booklet entitled "How can you contribute to the safety of a newborn in the hospital?", in relation to the companions' knowledge and behavior regarding the safety actions for neonates.
Method: a quasi-experimental before-and-after study was developed with 60 companions of newborns in the neonatal intermediate care unit of a public hospital between December 2022 and February 2023. Collection was through two groups, Control and Experimental, with use of the booklet and in three phases: Pre- and post-test and intervention. To compare the pre- and post-test scores, the Kolmogorov-Smirnov and McNemar tests were used and the significance level adopted was α=0.05.
Results: the Experimental group had a higher percentage of correct answers in the post-test after using the booklet, showing increased knowledge and positive behavior in safety actions. However, only the “check the bracelet” and “confirm its data before care” items showed statistical significance.
Conclusion: the booklet proved to be an important tool in the education and health process, which may be favorable for the neonate's safety.
DESCRIPTORS: Patient safety; Neonatology; Patient participation; Education in health; Nursing
RESUMEN
Objetivo: analizar la influencia del folleto “¿Cómo puede contribuir para la seguridad de un bebé en el hospital?”, en relación con el conocimiento y el comportamiento de los acompañantes en términos de acciones de seguridad neonatal.
Método: estudio cuasiexperimental del tipo antes y después, desarrollado con 60 acompañantes de neonatos en la unidad de cuidados neonatales intermedios de un hospital público, entre diciembre de 2022 y febrero de 2023. Los datos se recolectaron por medio de dos grupos, Control y Experimental, utilizando el folleto y a lo largo de tres fases: Antes de la prueba, Después de la prueba e Intervención. Para comparar las puntuaciones antes y después de la prueba se utilizaron las pruebas de Kolmogorov-Smirnov y de McNemar y se adoptó α=0,05 como nivel de significancia.
Resultados: el Grupo Experimental presentó un porcentaje de respuestas correctas más elevado en la fase posterior a la prueba, después de utilizar el folleto, lo que evidencia una mejora en el conocimiento y comportamiento positivo en las acciones de seguridad. Sin embargo, solamente los ítems “revisar la pulsera” y “confirmar sus dados antes de la atención” presentaron significancia estadística.
Conclusión: el folleto demostró ser una herramienta importante en el proceso de educación y salud, lo que puede ser favorable para la seguridad de los neonatos.
DESCRIPTORES: Seguridad del paciente; Neonatología; Participación del paciente; Educación en salud; Enfermería
INTRODUÇÃO
A Segurança do Paciente (SP) é compreendida como a redução dos riscos de danos na assistência à saúde, tornando os erros menos prováveis por meio de estratégias que buscam a melhoria do cuidado1-2. Os danos aos pacientes relacionados à assistência em saúde são um grande desafio para saúde pública, além de serem considerados as principais causas de morte no mundo1. Tendo em vista o cenário atual, a temática de SP tem alcançado destaque mundial e importante realce no contexto hospitalar3, a qual gerou programas e políticas públicas de saúde nacionais. Por exemplo, a implementação do Programa Nacional de Segurança do Paciente do Ministério da Saúde (MS), e aprovação da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 36 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que visavam e estabeleciam metas e ações específicas para promover a SP e a qualidade nos serviços de saúde em todos os âmbitos e complexidades4-5.
A busca pela SP na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e unidade de cuidados intermediários neonatal (UCIN), se torna de suma importância em razão da alta complexidade e gravidade dos pacientes que são submetidos a múltiplos procedimentos e tempo prolongado de internação6. Em tais ambientes, é prioritária a busca e garantia de um ambiente seguro, visto que os neonatos são considerados uma população vulnerável, e também pelo fato de que os erros de processo de trabalho e comunicação ineficaz aumentam o potencial de eventos adversos (EAs)5,7.
Um estudo brasileiro apontou que 53,70% dos EAs mais frequentes em uma UTIN estavam relacionados ao acesso venoso central; 14,33% cateter central de inserção periférica; 14,33% à intubação; 7,41% para EA relacionados a cateter vesical e, dentre outros, como lesões cutâneas8. Um estudo internacional, que utilizou uma ferramenta de vigilância de segurança “Avaliação Global da Segurança do Paciente Pediátrico”, identificou que dos 3.790 registros de internações pediátricas analisados, 414 EAs foram detectados, sendo 210 EAs totalmente evitáveis9.
Na última década, tem-se discutido a participação do paciente no próprio cuidado, ou do acompanhante, buscando proporcionar que tenham conhecimento sobre a condição clínica, estabeleçam uma comunicação efetiva com a equipe de saúde, participem das decisões do seu plano terapêutico e contribuam para a redução dos EAs10. Nessa perspectiva, a Organização Mundial de Saúde (OMS) criou, em 2013, a campanha “Patients for Patient Safety”, com o objetivo de estimular o engajamento de pacientes e acompanhantes na promoção da assistência segura e no envolvimento das decisões do cuidado11-12.
Pesquisadores demonstraram que, na unidade neonatal, a inserção da família na rotina dos cuidados traz diversos benefícios ao neonato por promover um ambiente de confiança e facilitar a interação com a equipe de saúde8. Estudos evidenciam que pacientes e acompanhantes, quando aliados à equipe de saúde, atuam como barreiras importantes na prevenção de EAs, assumindo papéis ativos e colaboradores no cuidado, reduzindo as chances de erros durante a assistência13. Um estudo internacional realizado em um hospital australiano identificou que, após a capacitação e inserção dos pacientes e familiares no cuidado, houve a redução em 15% dos erros de medicamentos a partir do alerta dos pacientes e familiares sobre possíveis erros7. Dessa maneira, o estudo sugere que o uso de ferramentas no apoio ao conhecimento à saúde poderia influenciar no comportamento e conhecimento dos familiares na segurança do paciente7,12.
Logo, faz-se necessária a elaboração de novas ferramentas para ampliar a segurança ao neonato no âmbito hospitalar e estimular a participação da família no cuidado. Dessa forma, considera-se a importância de educar e envolver os pais na segurança do paciente, tendo em vista que eles passam grande parte do tempo junto aos seus filhos. Uma revisão de escopo identificou e sugeriu diferentes estratégias estabelecidas para incentivar o engajamento de pacientes e familiares na SP, como: rodas de conversa, intervenção lúdica, entrevistas, cartilhas, recursos tecnológicos, multimídias e diferentes recursos didáticos12,14. Diante disso, foi desenvolvida e validada por esse grupo de pesquisadores uma cartilha digital denominada “Como você pode contribuir para a segurança do bebê no hospital?”. Essa cartilha se destaca como uma tecnologia educativa de fácil aplicação e acesso aos acompanhantes, de fácil compreensão e maior viabilidade financeira15.
O uso das tecnologias educativas direcionadas à educação em saúde sobre SP torna-se um importante recurso que, além de fornecer informações, busca sensibilizar o indivíduo para uma mudança de comportamento e incentiva a adesão dos profissionais de saúde às ações de segurança14,16. Nesse estudo, considera-se a definição de comportamento como um conjunto de atitudes específicas, um modo de proceder diante de uma situação, levando-se em conta seu ambiente social. Enquanto conhecimento pode ser definido como um fenômeno baseado nas representações que os indivíduos fazem do mundo. Um conjunto de informações e princípios compreendidos e construídos por meio da razão ou da experiência17-18.
Apesar de alguns estudos destacarem a importância de tecnologias que favoreçam a participação dos acompanhantes na segurança do paciente, há uma lacuna na literatura sobre a implementação e avaliação de estratégias que busquem esse objetivo19-20. Diante de uma cartilha já previamente validada pelo mesmo grupo de pesquisadores, o objetivo do estudo é analisar a influência da cartilha “Como você pode contribuir para a segurança do bebê no hospital?”, no conhecimento e comportamento dos acompanhantes quanto às ações de segurança do neonato.
MÉTODO
Trata-se de um estudo piloto quase experimental, do tipo antes e depois, o qual utilizou, ao longo de uma intervenção educativa, a cartilha denominada: “Como você pode contribuir para a segurança do bebê no hospital?”. O estudo envolveu uma intervenção aplicada a um grupo experimental e o grupo controle, sem uso de randomização na alocação de participantes nos grupos.
Em um estudo prévio, a cartilha foi construída e validada com IVC global acima de 90%15. Dessa forma, a cartilha atendeu o objetivo de atuar como instrumento para proporcionar informação e participação dos acompanhantes nas ações de segurança do bebê internado na UTIN. Além disso, ela foi baseada nas metas de SP, como: Identificação do Paciente, Higienização das mãos, Cirurgia segura, Prevenção de Quedas e de Lesão por Pressão e Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos. A cartilha foi desenvolvida em conjunto com diferentes profissionais e utilizou ilustrações exclusivas criadas para trazer ludicidade e proximidade com o leitor15.
A coleta de dados foi realizada nas Unidades de Cuidados Intermediários Neonatal (UCIN) do setor de Neonatologia de uma maternidade filantrópica, do Município de Belo Horizonte, Minas Gerais. A instituição possui 57 leitos de Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo) e 15 leitos em Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa). O hospital possui estratégias de humanização centradas na integralidade do cuidado, tendo como diferencial uma internação conjunta na UCIN, contando com a presença de um acompanhante durante todo o período da internação do neonato, justificando, assim, o local de coleta para o presente estudo.
Os participantes foram os acompanhantes de neonatos hospitalizados em unidades de Cuidado Intermediário, selecionados por conveniência, a partir dos seguintes critérios de inclusão: idade maior ou igual a 18 anos e ausência de deficiência auditiva e/ou visual. Como critérios de exclusão, acompanhantes que não concluíram a participação de todas as etapas da pesquisa. O cálculo amostral foi feito considerando um estudo piloto com 30 acompanhantes incluídos no grupo controle e 30 acompanhantes no grupo intervenção. A coleta de dados aconteceu entre dezembro de 2022 e fevereiro de 2023.
A coleta de dados foi dividida em três etapas: pré-intervenção, intervenção educativa e pós-intervenção. A primeira etapa (pré-intervenção) buscou, inicialmente, os aspectos sociodemográficos do neonato e acompanhante, tais como: idade, sexo, parentesco, escolaridade e profissão; variáveis relacionadas às experiências prévias com internação e SP. Posteriormente, foi usado um instrumento composto por 17 itens que avaliavam o comportamento autorreferido sobre a SP como: a prática de conferência da identificação do paciente ou a prevenção de infecção, promoção da comunicação segura. As questões poderiam ser respondidas com “Sempre”, “Às vezes”, “Nunca” e “Não Sei”, e avaliavam a mudança de comportamento diante da SP. Foram realizadas perguntas como: “Peço aos profissionais para explicar sobre os medicamentos, os horários e possíveis efeitos colaterais?”, "Me sinto à vontade para fazer perguntas e esclarecer dúvidas com os profissionais?"; “Pergunto sobre possíveis complicações e cuidados pós-operatórios ou procedimentos”?
Além desses itens, o instrumento era formado por cinco questões objetivas que avaliavam o conhecimento sobre SP, que possuíam duas opções de respostas: “correta” e “incorreta” e abordavam questões relacionadas as seis metas internacionais de SP.
As intervenções foram aplicadas por três pesquisadores treinados, durante os turnos diurnos somente aos pais e acompanhantes, conforme se descreve a seguir.
Fase I: foram convidados pais e acompanhantes para a participação voluntária na pesquisa, etapa na qual também foi revelada a proposta e relevância do estudo. Após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), aplicou-se o instrumento referente ao pré-teste. Fase II: após a aplicação do instrumento, foi realizada a intervenção com a aplicação da cartilha, realizando uma exposição dialogada e individualizada para os pais e acompanhantes nas próprias unidades de internação, com duração média de 15 minutos. O material foi disponibilizado gratuitamente, de forma digital, por meio do QR code criado e disponibilizado, facilitando o acesso, a compreensão e o interesse dos acompanhantes. Apenas participantes do grupo experimental participaram da fase de intervenção com a cartilha. Fase III: denominada “pós-teste” ocorreu entre o segundo e o quinto dia após a aplicação da cartilha.
O grupo controle participou das fases I e III do estudo. O intervalo de tempo entre a intervenção e o pós-teste foi escolhido por meio de estudos semelhantes que indicaram ser um intervalo de tempo adequado e suficiente para que os participantes conseguissem absorver o conteúdo exposto e colocar em prática as informações obtidas com a tecnologia educativa12,14. Durante a terceira fase, foi reaplicado o mesmo instrumento do pré-teste após a intervenção para o grupo controle e para o grupo experimental.
Devido à alta rotatividade de pacientes na instituição, houve uma perda de seis acompanhantes durante a coleta de dados.
Salienta-se que o estudo atendeu aos aspectos éticos estabelecidos pela Resolução n.º 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde, com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Para isso, os participantes assinaram o TCLE antes do início das etapas da pesquisa.
Para construção do banco de dados e análise dos dados utilizou-se o software IBM Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 22.0. O lançamento foi feito por dois pesquisadores independentes e depois checado possíveis divergências.
A associação entre as variáveis nominais do grupo controle e intervenção foi realizada por meio do teste exato de Fisher. A normalidade das variáveis quantitativas foi feita pelo teste de Kolmogorov-Smirnov e a comparação foi realizada por meio do Teste T-independente. Utilizou-se o teste de McNemar para análise de dados de variáveis nominais e associações entre as variáveis ordinais nos momentos antes e depois. Os dados foram testados pelo teste de homogeneidade marginal, adotando-se um nível de significância de p<0,05.
RESULTADOS
Dos 60 acompanhantes incluídos no estudo, 95% (n=57) eram mães, 5% eram pais (n=3), com média de idade de 26,5 anos, em sua maioria, com formação > 9 anos, entre o ensino fundamental e médio completo. Apesar de 53,3% (n=28) dos participantes possuírem experiência prévia como acompanhantes em ambiente hospitalar, 81,6% (n=49) nunca haviam recebido uma orientação sobre SP nos últimos dois anos.
A Tabela 1 demonstrou as comparações dos momentos pré e pós-teste sobre o comportamento autorrelatado dos acompanhantes em relação às práticas de SP. Percebe-se mudança de comportamento considerável nas ações de SP referentes aos diferentes grupos. Quando avaliado os achados, nota-se uma diferença significativa quanto à mudança de atitude com relação às questões: “Peço aos profissionais para conferir a pulseira antes dos cuidados?”; “Lembro o profissional sobre a existência de alguma alergia?”; “Lembro os profissionais de confirmar dados antes da medicação?”, no grupo experimental.
A Tabela 2 apresenta o percentual de acertos das questões sobre conhecimento dos participantes nos momentos do pré e pós-testes. A análise dos dados não demonstrou diferenças estatisticamente significativas em relação aos achados sobre o conhecimento de SP intragrupos. Os dados também revelam que os acompanhantes do grupo controle e intervenção, em sua maioria, acertaram as questões na primeira e na segunda avaliação. O grupo experimental apresentou aumento significativo de acertos após contato com a cartilha, em relação à temática de prevenção de lesões (p<0,039).
Apesar de não significante, foi possível observar maiores proporções de respostas adequadas após a intervenção educativa no grupo experimental em diferentes temáticas.
DISCUSSÃO
A cartilha mostrou ter influenciado o conhecimento e comportamento dos pais sobre a SP. O grupo experimental apresentou um percentual maior de acertos no pós-teste após utilização da cartilha, evidenciando aumento do conhecimento e comportamento mais positivo nas ações de segurança. Entretanto, apenas os itens de conferência da pulseira e confirmação dos dados antes do cuidado apresentaram significância estatística.
No presente estudo, os acompanhantes afirmaram, em sua maioria, nunca ter recebido orientações sobre SP, mas ao analisar os resultados, percebeu-se possuíam conhecimento prévio sobre o tema, mas não na sua totalidade. Tal achado pode ser justificado pela experiência prévia dos participantes. Os resultados corroboram com um estudo realizado em uma unidade pediátrica que evidenciou que acompanhantes possuíam conhecimento superficial sobre a SP adquirido por meio de vivências anteriores, porém apresentavam dificuldade em identificar situações de risco e entender conceitos da SP12.
O presente estudo revelou que 15% dos participantes possuíam menos de nove anos de estudo, evidenciando uma baixa escolaridade, o que pode influenciar na compreensão das orientações recebidas e no letramento em saúde. A literacia em saúde deve ser considerada para o planejamento do cuidado e da SP contribuindo para as tomadas de decisão e segurança do cuidado21. Torna-se necessário avaliar o conhecimento e as competências de cada indivíduo para compreender e utilizar as informações que recebe em seu dia a dia. Diante disso, outros autores defendem que a falha de comunicação entrepaciente e profissionais de saúde, além da falta de compreensão daquilo que é recebido, tornam-se fatores de risco para ocorrência de EAs9. Ademais, estudos reforçam a necessidade de desenvolvimento e validação de materiais educativos de fácil compreensão para engajar pacientes e familiares na segurança e no cuidado, bem como do processo de avaliação do seu efeito na prática22.
Estudos brasileiros abordaram as principais estratégias encontradas na literatura que atuam como ferramentas facilitadoras do engajamento de pacientes na SP. As ferramentas de ensino utilizadas variavam desde ferramentas tecnológicas com recursos audiovisuais a ferramentas tradicionais de ensino como cartilhas e panfletos. Acredita-se que a combinação de ferramentas de ensino possa atuar de maneiras complementares e apresentar maior eficácia no conhecimento e participação dos acompanhantes e pacientes12,23.
Apesar dos resultados não demonstrarem diferenças estatisticamente significativas em relação ao grupo experimental em alguns tópicos, foi possível observar um aumento da adesão às ações de SP. Estes resultados demonstram a influência da cartilha “Como você pode contribuir para a segurança do bebê no hospital?” em incentivar a mudança de comportamento em relação a SP, pois os acompanhantes passaram a conferir a presença da pulseira de identificação, questionavam o atraso e a necessidade de medicações, incentivaram as visitas a realizar a higienização das mãos antes de tocar o neonato. Em consonância a esse achado, uma pesquisa nacional realizada na pediatria concluiu que, a influência de uma outra cartilha como tecnologia educativa de baixo custo, forneceu informações sobre a SP e contribuiu para que pacientes e acompanhantes construíssem um pensamento crítico em relação à própria condição de saúde e ao envolvimento na SP16.
Ao comparar o comportamento dos participantes do grupo controle, sem acesso ao material educativo, não foi observado uma diferença significativa em relação aos diferentes momentos. Esse achado é reforçado por estudos que afirmaram que durante as rotinas hospitalares o fornecimento de informações pela equipe de saúde durante a internação acontece de forma insatisfatória e automatizada. A ausência de informações de qualidade e de conteúdo relacionado a SP foram apontadas como desafios a serem superados para o engajamento da família no cuidado e na SP. Estudos evidenciam que a sobrecarga de trabalho contribui para a automatização para fornecer informação aos pacientes e acompanhantes12,14.
Ressalta-se que no pós-teste o grupo experimental apresentou aumento no percentual de adesão nas ações de SP, em relação ao momento antes da intervenção. As temáticas envolvendo a comunicação com a equipe de saúde foram as que apresentaram diferenças estatisticamente relevantes (p<0,05). Após o contato com a cartilha, os participantes passaram a interagir mais com a equipe, sentindo-se à vontade para questionar os profissionais sobre as práticas assistenciais. O estudo brasileiro que utilizou o jogo como tecnologia educativa para engajamento dos pais na SP, elucidou que os participantes se envolveram mais no cuidado e se sentiram motivados a participar de maneira ativa nas tomadas de decisão, como coparticipantes do cuidado12,14.
A prática de envolvimento do paciente e acompanhante na SP tem sido muito discutida nos últimos anos. O envolvimento do paciente pode ocorrer em diferentes momentos, desde a mudança de percepção para situações de risco ao paciente, até o envolvimento no monitoramento das ações de segurança durante a assistência dos profissionais de saúde23. As intervenções educativas apresentam potencial para o empoderamento dos participantes, que se tornam mais seguros para participar ativamente das tomadas de decisão24.
Os acompanhantes, quando orientados, deixam de ser receptores passivos de informação e passam a se tornar participantes ativos no cuidado. Este processo de torná-los empoderados no cuidado é considerado uma estratégia para reduzir incidentes diretos aos pacientes, de modo que se tornam capazes de interagir e contribuir para a obtenção de melhores práticas na assistência14.
Nessa direção, diversas campanhas foram desenvolvidas para incentivar e facilitar o envolvimento do paciente no próprio cuidado. Uma campanha internacional, desenvolvida em 2013, intitulada "Ask me to explain”, foi criada com o intuito de encorajar pacientes e familiares a discutirem quaisquer dúvidas em relação aos cuidados que possam ter, além de promover a comunicação efetiva entre pacientes e a equipe de saúde. A campanha desenvolveu materiais como bottons e panfletos utilizados pelos profissionais que diziam: "Pergunte-me o que quiser”, estimulando que o paciente ou acompanhante ficassem confortáveis para questionar e sanar dúvidas25.
Uma boa comunicação entre os profissionais de saúde e os acompanhantes na UTIN e UCIN torna-se essencial para o estabelecimento de uma relação de confiança e liberdade. Nesse sentido, um estudo colombiano evidenciou que a comunicação efetiva aumenta o aprendizado e estabelece uma maior compreensão sobre o processo de hospitalização26. Ademais, os gestores são importantes para proporcionar um ambiente de trabalho adequado para envolver os pacientes e acompanhantes na segurança, por meio de uma comunicação efetiva e trabalho em parceria, influenciando diretamente na prevenção de danos e no envolvimento dos pacientes no próprio estado de saúde26. Um estudo internacional verificou que o fornecimento de informação estava associado ao envolvimento de pacientes em SP. O acesso à informação e a materiais educativos auxiliam na percepção de situações de risco e aumentam a intenção de agir e detectar erros27.
Sabe-se que os acompanhantes não se sentem confortáveis para indagar os profissionais de saúde sobre a higienização das mãos, assim como evidenciado no presente estudo. Existem pesquisas que estabelecem estratégias para melhorar a prática, como incentivar que o profissional oriente e dê permissão ao paciente para questioná-lo, facilitando, assim, acompanhantes e pacientes a aderirem a prática28. Dessa forma, sugere-se que os pacientes e acompanhantes sejam orientados e incentivados pelos profissionais de saúde a questionar sobre as práticas assistenciais como, por exemplo, a higiene das mãos e uso correto de medicamentos.
A cartilha desenvolvida é uma estratégia para incentivar ações e o engajamento dos familiares na SP e no cuidado, podendo ser utilizada também como guia de orientações para os profissionais. Apesar do avanço nas respostas, alguns resultados da pesquisa podem demonstrar limitações do instrumento. O uso de cartilhas digitais como tecnologias educativas potencializa o cuidado participativo, dialogado e respeitoso, além de colaborar com o arcabouço de conhecimento e adesão dos acompanhantes. Porém, deve-se considerar a necessidade de uma aplicação guiada da cartilha, sendo necessário o preparo e não devendo apenas ser entregue, possibilitando diálogo e interação com a equipe15-16.
As Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) são um conjunto de recursos tecnológicos e digitais que auxiliam na construção de conhecimento, permitindo aos profissionais da saúde trocarem informações e atuar em evidências, utilizando tecnologias. A utilização de TDIC no contexto de educação em saúde, facilita o processo no âmbito hospitalar, dinamiza a comunicação e o avanço da informação29-30. A utilização da cartilha por meio virtual possibilitou maior abrangência no processo de promoção à saúde, podendo, na teoria, ser acessada a qualquer momento pelo próprio acompanhante. Em contrapartida, algumas limitações de acesso à rede foram encontradas, apesar de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstram que 90% da população possui acesso à internet, e 95% possuem acesso à internet e telefone móveis30.
Dessa maneira, reitera-se a necessidade do uso de tecnologias educativas como facilitadores do processo educativo. O instrumento deve ser planejado de acordo com a necessidade de aprendizagem e interesse dos envolvidos. Para educação em saúde, são necessárias escolhas de metodologias ativas de aprendizagem que incentivem a participação e envolvimento dos acompanhantes. Logo, se faz necessária a condução de programas de educação em SP para pacientes internados e estratégias para manter a motivação para participar das atividades de SP de maneira melhorada.
Apontam como limitações do estudo o acesso dos participantes à internet móvel, apresentando como dificultador para o acesso do material digital.
CONCLUSÃO
Os achados evidenciaram a cartilha como instrumento educativo relacionado a SP. Reconheceu-se a importância da sua utilização atrelada à atuação da equipe multiprofissional, no que refere às ações de promoção da segurança do neonato e na prevenção de incidentes na unidade.
Dessa maneira, a inserção da cartilha nas unidades pode ser considerada uma proposta de mudança na construção da educação em saúde, atuando no papel ativo dos acompanhantes e incentivando o diálogo com o profissional. Apesar dos resultados destacados, os participantes apresentaram maior adesão a SP após o contato com a cartilha. Os acompanhantes passaram a observar e intervir nos cuidados prestados, interagindo com a equipe de saúde da UCIN. Diante do exposto, ressalta-se a importância do desenvolvimento e aplicação de tecnologias educativas levando em consideração o interesse e necessidades da população. A utilização das tecnologias digitais deve ser considerada por despertar o interesse dos participantes e facilitar o acesso no dia a dia.
Espera-se que o estudo possibilite ampliar as discussões sobre a participação de acompanhantes na prevenção de eventos adversos e a incorporação de ferramentas ativas que incentivam o engajamento na SP, junto aos profissionais da equipe de saúde.
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NOTAS
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ORIGEM DO ARTIGO
Extraído do trabalho de conclusão de residência - Influência de cartilha sobre segurança do neonato no comportamento e conhecimento de familiares, apresentado ao Programa de Pós-Graduação Residência Multiprofissional em Neonatologia, da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais, em 2023.
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APROVAÇÃO DE COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA
Aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais e Hospital Sofia Feldman, parecer n. 5.713.066, Certificado de Apresentação para Apreciação Ética 47628621.3.0000.5149.
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
05 Ago 2024 -
Data do Fascículo
2024
Histórico
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Recebido
27 Out 2023 -
Aceito
29 Dez 2023