RESUMO
Objetivo:
analisar a correlação entre as vivências da sexualidade e a qualidade de vida de idosos.
Método:
trata-se de um estudo seccional, descritivo e analítico realizado com 592 idosos residentes no Nordeste do Brasil. Os dados foram coletados exclusivamente de forma on-line por meio da rede social Facebook, entre os meses de agosto e outubro de 2020. Foi utilizada a Escala de Vivências Afetivas e Sexuais do Idoso para avaliar a sexualidade e o World Health Organization Quality of Life - Old para avaliar a qualidade de vida. Empregou-se a estatística não paramétrica por meio dos testes de Mann-Whitney, correlação de Spearman e Kruskal-Wallis com aplicação do post hoc de Bonferroni quando necessário, com intervalo de confiança de 95% (p < 0,05) para todas as análises estatísticas.
Resultados:
houve predominância de idosos do sexo masculino (60,5%), com idade entre 60 e 64 anos (44,6%) e que nunca receberam orientações sobre sexualidade pelos profissionais da saúde (75,8%). As melhores correlações encontradas foram positivas entre a faceta da qualidade de vida “intimidade” com o “ato sexual” (ρ=0,561; p < 0,001) e “relações afetivas” (ρ=0,626; p < 0,001).
Conclusão:
constatou-se que as dimensões “ato sexual” e “relações afetivas” da sexualidade possuíram as melhores correlações positivas com a faceta “intimidade” da qualidade de vida dos idosos. Nesse sentido, evidencia-se que os profissionais de saúde podem adotar abordagens com essas dimensões em suas consultas como forma de promoção e proteção da qualidade de vida da pessoa idosa, cumprindo, desse modo, a proposta do envelhecimento ativo.
DESCRITORES:
Saúde pública; Saúde do idoso; Qualidade de vida; Sexualidade; Promoção da saúde; Envelhecimento saudável