RESUMO
Objetivo:
identificar os fatores de risco para erros de medicação em um hospital público chileno de alta complexidade.
Método:
estudo com abordagem quantitativa, exploratório, descritivo e transversal, com cortes temporais retrospectivos. A população do estudo consistiu em 50 notificações de eventos adversos relacionados ao processo de administração de medicamentos gerados entre 2014 e 2017 nos serviços de clínica médica e cirurgica do Hospital Clínico em Magallanes, Chile. A classificação do National Coordinating Council for Medication Error Reporting and Preventions, foi utilizada para a coleta de dados, realizada em maio e Junho de 2018, e os dados foram analisados por meio de estatística descritiva.
Resultados:
entre os envolvidos nos erros de medicação, as seguintes profissões são predominantes: enfermeiros, 21 (42%); Técnicos de enfermagem que atuam nas clínicas médicas e cirúrgicas, 18 (36%) e técnicos de enfermagem que atuam na Farmácia, 7 (14%). Os erros de medicação mais frequentes foram: transcrição de medicamentos, 16 (32%); preparação, 13 (26%); e administração, 11 (22%). Os seguintes fatores de risco se destacam nos casos notificados: problemas de comunicação e interpretação, 13 (26%); interpretação incorreta da prescrição na dispensação, 7 (14%); fatores associados à organização do trabalho, como cumprimento insuficiente das práticas prioritárias de segurança, 11 (22%), e fatores individuais, 9 (18%).
Conclusão:
são necessárias mais informações sobre erros de medicação para identificar os fatores de risco e estabelecer estratégias para sua prevenção; consequentemente, a notificação de eventos adversos deve ser promovida como medida preventiva.
DESCRITORES
Segurança do paciente; Erros de medicação; Cuidados de enfermagem; Enfermagem; Eventos adversos