RESUMO
Objetivo:
avaliar o uso de máscaras por profissionais de enfermagem no Brasil na pandemia da COVID-19.
Método:
estudo transversal, com profissionais de enfermagem, realizado entre março e maio de 2020. A coleta de dados online foi realizada por meio de um formulário com variáveis demográficas e a versão para o Português do Brasil da Face Mask Use Scale (FMUS-PB). Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial, com medidas de tendência central e de dispersão, teste t e análise de variância.
Resultados:
participaram 3.294 profissionais, a maioria na categoria enfermeiro (85,9%), sexo feminino (90,2%), da região sudeste (36,9%) e que tiveram contato com a COVID-19 (77,8%). Os profissionais afirmaram usar a máscara em locais públicos e no trabalho (63,1% e 78,8% respectivamente). Por outro lado, obteve-se 25,8% para uso de máscaras no domicílio. Aqueles com idade entre 35 e 45 anos (p=0,002), da região Sul (p<0,001) usavam mais as máscaras. Técnicos de enfermagem (p<0,001), indivíduos ≥ 45 anos (p<0,001) e da região Sul (p<0,001) apresentavam maior autoproteção e proteção do outro (p=0,002). Ter contato com a COVID-19 repercutiu em maior proteção, autoproteção e proteção do outro (p<0,001).
Conclusão:
a adoção do uso de máscaras por profissionais de enfermagem em ambientes públicos e de saúde foi maior do que no domicílio e, a finalidade do uso para a autoproteção obteve maior adesão do que para a proteção do outro. Isso expressa a necessidade de mudanças culturais quanto ao uso de máscaras para proteção pessoal, familiar e social.
DESCRITORES:
Máscaras; Controle de infecções; Equipe de enfermagem; Coronavírus; Pandemias