O objetivo desta pesquisa foi a apreensão das sutis faces da violência, do poder e da dominação simbólicos presentes nas ações e práticas de saúde dos diversos profissionais da área, dirigidas à mulher em situação de gestação, parto e puerpério. O referencial teórico adotado para interpretar os dados foi a Economia das Trocas simbólicas de Pierre Bourdieu, incorporando também algumas reflexões sobre autonomia e heteronomia, poder, violência e força, conforme os analisa Chauí. Os sujeitos da pesquisa foram onze mulheres em situação de gestação, parto e puerpério internadas em um serviço público de saúde. Utilizamos para a coleta dos dados a entrevista e a observação participante das relações estudadas. Concluí que nas relações que se estabelecem entre pacientes e equipe médica, estão presentes elementos simbólicos que contribuem sobremodo para a invisibilidade desta modalidade de violência muito presente nas práticas de saúde.
Mulher; Poder; Violência simbólica; Serviços públicos de saúde