RESUMO
Objetivo:
discutir, com base nas concepções de Sociedade de Risco e de Modernidade Reflexiva, as razões pelas quais os resultados da educação ambiental em hospitais não correspondem ao esperado, apontando alternativas para ações educativas mais efetivas nessas instituições.
Método:
tratou-se de pesquisa qualitativa, do tipo estudo de caso, tendo como entrevistados nove trabalhadores do Núcleo de Educação Ambiental de um grupo hospitalar. Os dados foram coletados por pesquisa documental e entrevista semiestruturada e analisados por análise de conteúdo.
Resultados:
as duas categorias originadas evidenciaram que alguns elementos relacionados à Modernidade Reflexiva contribuíram para a pouca efetividade das ações de educação ambiental nos hospitais. Entre eles, incluíram-se: a influência de sistemas abstratos (especialistas) sobre o pensamento dos indivíduos; a existência de casulos protetores, de reflexividade sem reflexão, de cumplicidade e irresponsabilidade generalizada diante dos riscos ecológicos e, ainda, a segmentação dos ambientes, que leva a pluralização do eu em diversos "eus".
Conclusão:
recomenda-se o uso de experiências educativas baseadas na sensibilidade, no vivido e na arte, acompanhados de reflexão. Isto possibilitaria romper com essa lógica de autoconfrontação com riscos ambientais, sem tecer uma reflexão sobre eles, que é típica da Modernidade Reflexiva. Além disso, sugere-se que as instituições de saúde adotem e defendam, localmente, uma sólida política pró-ambiental.
DESCRITORES:
Meio ambiente; Enfermagem; Educação ambiental; Educação em saúde; Educação em enfermagem.