RESUMO
Objetivo:
apresentar o modelo representativo da interação social de mulheres com a exposição ao Vírus da Imunodeficiência Humana e Aids a partir dos significados por elas atribuídos.
Método:
pesquisa interpretativa e qualitativa, realizada no Rio de Janeiro, Brasil, de 2017 a 2018, por meio de entrevistas semiestruturadas com 17 mulheres que formaram quatro grupos amostrais, no período entre junho de 2017 e janeiro de 2018. O referencial para a análise de dados é a Grounded Theory e o Interacionismo Simbólico e o estudo foi aprovado eticamente como exigido pelo Conselho Nacional de Saúde.
Resultados:
o modelo representativo do processo de interação social, exposição ao Vírus da Imunodeficiência Humana e Aids significa, para as mulheres, “não se proteger” e “não ser protegida pelo outro”. É tido como ato desleixado, irresponsável, imprudente. As mulheres conhecem as medidas de prevenção à exposição, entretanto, não usam preservativos e reconhecem que estão, ao mesmo tempo, expostas e expondo outros. Destaca-se a categoria central: “Descuidando da própria vida apesar da consciência da exposição ao Vírus da Imunodeficiência Humana e Aids”.
Conclusão:
entender esse processo de interação social poderá contribuir para a apreensão dos principais fatores que influenciam a construção desses significados pela mulher, assim, proporcionando auxílio a ela na ressignificação dessa exposição e permitindo que ela modifique suas ações para a proteção contra a Aids. Desse modo, fomenta-se uma assistência efetiva baseada na preservação da vida, vislumbrando um atendimento integral à mulher e diminuindo sua exposição à infecção.
DESCRITORES:
HIV; Síndrome da Imunodeficiência Adquirida; Saúde da mulher; Pesquisa qualitativa; Interacionismo Simbólico