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AVALIAÇÃO DA EMPATIA EM ESTUDANTES DE ENFERMAGEM

RESUMO

Objetivo:

comparar os níveis de empatia entre estudantes de enfermagem em diferentes estágios da graduação, considerando gênero e idade.

Método:

estudo conduzido na Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein, com abordagem quantitativa, descritiva, comparativa e transversal. A amostra incluiu 169 alunos dos quatro anos de graduação em Enfermagem. Utilizou-se um questionário sociodemográfico para coletar informações no período de agosto de 2020 a abril de 2022 e a Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal para mensurar empatia. As relações entre empatia e variáveis independentes foram analisadas, utilizando modelos lineares e apresentados com médias estimadas, intervalos de confiança e valores-p, com nível de significância de 5%.

Resultados:

a comparação dos níveis de empatia em diferentes períodos da graduação não revelou relações significativas com o ano de graduação. No entanto, o menor escore nas três subescalas ocorreu no quarto ano. Ao analisar a relação entre anos de graduação e gênero, nenhuma subescala apresentou diferenças significativas. Ao separar por ano de graduação, a diferença significativa na subescala Consideração Empática surgiu no segundo ano, com escores mais altos para o gênero feminino.

Conclusão:

o estudo destaca a importância contínua do ensino de empatia na formação em enfermagem. Assim, a utilização da Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal se mostra valiosa para avaliar intervenções e oferecer subsídios para ajustes nas estratégias educacionais. O compromisso com o aprimoramento da empatia ao longo da formação e prática profissional é essencial para garantir uma assistência de saúde verdadeiramente centrada no paciente.

DESCRITORES:
Enfermagem; Educação em enfermagem; Empatia; Estudantes de Enfermagem; Programas de Graduação em Enfermagem; Assistência Centrada no Paciente

ABSTRACT

Objective:

to compare empathy levels among nursing students at different course stages considering gender and age.

Method:

this study was conducted at the Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein, employing a quantitative, descriptive, comparative and cross-sectional approach. The sample included 169 four-year Nursing undergraduate students. A sociodemographic questionnaire was used to collect information from August 2020 to April 2022 and the Multidimensional Interpersonal Reactivity Scale was used to measure empathy. The relationships between empathy and independent variables were analyzed using linear models and presented with estimated means, confidence intervals and p-values, with a significance level of 5%.

Results:

the comparison of empathy levels in different course periods did not reveal significant relationships with the course year. However, the lowest score on the three subscales occurred in the fourth year. When analyzing the relationship between course years and gender, no subscale showed significant differences. A significant difference in the Empathic Consideration subscale emerged in the second year when separating by course year, with higher scores for females.

Conclusion:

the study highlights the continued importance of teaching empathy in nursing training. Therefore, the use of the Multidimensional Interpersonal Reactivity Scale proves to be valuable for evaluating interventions and offering support for adjustments in educational strategies. Commitment to improving empathy throughout professional training and practice is essential to ensure truly patient-centered healthcare.

DESCRIPTORS:
Nursing; Nursing education; Empathy; Nursing students; Undergraduate nursing programs; Patient-centered care

RESUMEN

Objetivo:

comparar los niveles de empatía entre estudiantes de enfermería en diferentes etapas de graduación, considerando género y edad.

Método:

estudio realizado en la Facultad Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein, con enfoque cuantitativo, descriptivo, comparativo y transversal. La muestra estuvo compuesta por 169 estudiantes de pregrado en Enfermería de cuatro años. Se utilizó un cuestionario sociodemográfico para recolectar información de agosto de 2020 a abril de 2022 y la Escala de Reactividad Interpersonal Multidimensional para medir la empatía. Las relaciones entre empatía y variables independientes se analizaron mediante modelos lineales y se presentaron con medias estimadas, intervalos de confianza y valores p, con un nivel de significancia del 5%.

Resultados:

la comparación de los niveles de empatía en diferentes períodos de graduación no reveló relaciones significativas con el año de graduación. Sin embargo, la puntuación más baja en las tres subescalas se produjo en el cuarto año. Al analizar la relación entre años de graduación y género, ninguna subescala mostró diferencias significativas. Al separar por año de graduación, la diferencia significativa en la subescala de Consideración Empática surgió en el segundo año, con puntuaciones más altas para las mujeres.

Conclusión:

el estudio destaca la importancia continua de enseñar la empatía en la formación de enfermería. Por lo tanto, el uso de la Escala Multidimensional de Reactividad Interpersonal resulta valiosa para evaluar intervenciones y ofrecer apoyo para ajustes en las estrategias educativas. El compromiso de mejorar la empatía a lo largo de la formación y la práctica profesional es esencial para garantizar una atención sanitaria verdaderamente centrada en el paciente.

DESCRIPTORES:
Enfermería; Educación en enfermería; Empatía; Estudiantes de Enfermería; Programas de pregrado en enfermería; Atención centrada en el paciente

INTRODUÇÃO

No contexto acadêmico e profissional de alto nível, a demanda por indivíduos que possuam não apenas habilidades técnicas, mas também competências comportamentais, tem aumentado significativamente. Lidar efetivamente com as demandas das situações interpessoais é essencial para estabelecer relações produtivas e duradouras. Nesse cenário, a empatia, definida como a capacidade de se colocar no lugar do outro, emerge como uma habilidade social crucial para o sucesso11. Rodrigues MC, Peron NB, Cornélio MM, Franco GD. Implementação e avaliação de um Programa de Desenvolvimento da empatia em estudantes de psicologia. Estud Pesqui Psicol [Internet]. 2014 [cited 2021 Jun 20];14(3):914-32. Available from: https://doi.org/10.12957/epp.2014.13891
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Originada do grego empatheia, a empatia envolve a ação de compreender as emoções, pensamentos e atitudes de outra pessoa, identificando-se com ela. Edward Bradner Titchener, psicólogo inglês, introduziu o termo em 1909, destacando sua relevância na observação e compreensão do comportamento humano22. Moreto G, González-Blasco P, Craice-De Benedetto MA. Reflexiones sobre la enseñanza de la empatía y la educación médica. Aten Farm [Internet]. 2014 [cited 2021 May 20];21(3):94-7. Available from: https://doi.org/22201/facmed.14058871p.2014.3.47950
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. Desde o final do século XIX, a empatia tem atraído a atenção crescente de estudiosos do comportamento humano e educadores, sendo reconhecida como um construto vital para a vida e a influência social33. Dicionário Online de Português. Empatia [Internet]. 2021 [cited 2021 May 22]. Available from: https://www.dicio.com.br/empatia
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-55. Carneiro RS, Pires PP, Reis TP, Santos AP, Andrade OF. Um estudo comparativo da empatia entre estudantes universitários. Polêmica [Internet]. 2017 [cited 2021 May 15];17(1):73-81. Available from: https://doi.org/10.12957/polemica.2017.28299
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A empatia, entendida como uma resposta afetiva de origem evolutiva, implica não apenas na compreensão das emoções alheias, mas também na adoção do ponto de vista do outro, com atitudes que promovam ajuda, cuidado e solidariedade66. Formiga N, Rique J, Galvão L, Camino C, Mathias A. Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal - EMRI: consistência estrutural da versal reduzida. Rev Psicol Trujillo [Internet]. 2011 [cited 2022 Jan 15];13(2):188-98. Available from: https://sisbib.unmsm.edu.pe/bvrevistas/rev_psicologia_cv/v13_2011_2/pdf/a05.pdf
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-88. Damásio AR. Em busca de espinosa: prazer e dor na ciência dos sentimentos. São Paulo, SP(BR): Companhia das Letras; 2009.. A ausência de empatia impacta negativamente o ajustamento social e está intrinsecamente ligada à inteligência social, afetando as relações interpessoais e as tomadas de decisão em questões relacionadas a cuidado, respeito e moralidade77. Goleman D. Inteligência emocional. Rio de Janeiro, RJ(BR): Objetiva; 1995.-99. Sampaio LR, Camino CP, Roazzi A. Revisão de aspectos conceituais, teóricos e metodológicos da empatia. Psicol Cienc Prof [Internet]. 2009 [cited 2022 Jan 19];29(2):212-27. Available from: https://doi.org/10.1590/S1414-98932009000200002
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No contexto acadêmico, a empatia desempenha um papel fundamental, influenciando positivamente o desenvolvimento cognitivo dos estudantes de enfermagem. A comunicação positiva fortalece objetivos durante o ajustamento acadêmico, promovendo a compreensão da importância da prática de cuidados na futura carreira profissional. A aplicação prática da empatia na formação de estudantes de enfermagem representa uma oportunidade única de aprendizado, desafiando-os a desenvolver não apenas conhecimentos técnicos, mas também valores e atitudes empáticas1010. Azevedo SM, Mota MM, Mettrau MB. Empatia: perfil da produção científica e medidas mais utilizadas em pesquisa. Est Inter Psicol [Internet]. 2018 [cited 2021 May 25];9(3):3-23. Available from: https://doi.org/10.5433/2236-6407.2018v9n3p03
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-1212. Ferreira RP, Guedes HM, Oliveira DW, Miranda JL. Simulação realística como método de ensino no aprendizado de estudantes da área da saúde. Rev Enferm Centro Oeste Min [Internet]. 2018 [cited 2022 Jan 19];8:e2508. Available from: http://doi.org/10.19175/recom.v8i0.2508
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O atendimento humanizado, baseado na empatia, estabelece uma comunicação que fortalece a confiança entre profissionais de saúde e pacientes, resultando em uma anamnese mais precisa e maior aderência aos procedimentos terapêuticos. A importância da empatia é tão marcante que organizações como a American Association of Medical Colleges consideram seu ensino um tópico consistentemente relevante na formação acadêmica, impactando positivamente a comunicação, o diagnóstico e a aderência do paciente ao tratamento1313. Yu J, Kirk M. Evaluation of empathy measurement tools in nursing: Systematic review. J Adv Nurs [Internet]. 2009 [cited 2022 Mar 19];65(9):1790-806. Available from: https://doi.org/10.1111/j.1365-2648.2009.05071.x
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-1515. Stepien KA, Baernstein A. Educating for empathy. J Gen Intern Med [Internet]. 2006 [cited 2021 Jan 19];21(5):524-30. Available from: https://doi.org/10.1111/j.1525-1497.2006.00443.x
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No entanto, estudos indicam uma diminuição no nível de empatia dos estudantes ao longo do curso de enfermagem, destacando diferenças entre gêneros, mas sem consenso. Diante desse cenário, a necessidade de compreender o ensino das emoções, fomentar o debate e aumentar a produção científica sobre a empatia em estudantes de enfermagem se torna evidente1616. Di Lillo M, Cicchetti A, Lo Scalzo A, Taroni F, Hojat M. The Jefferson scale of physician empathy: Preliminary psychometrics and group comparisons in Italian physicians. Acad Med [Internet]. 2009 [cited 2021 Jan 19];84(9):1198-202. Available from: https://doi.org/10.1097/ACM.0b013e3181b17b3f
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-2121. Figueiredo H, Tavares C. Como ensinar empatia para futuros enfermeiros? Uma revisão integrativa de literatura. Res Soc Dev [Internet]. 2020 [cited 2021 Jun 6];9(9):e463997439. Available from: https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7439
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Sendo assim, o presente estudo tem como objetivos comparar os níveis de empatia entre estudantes de enfermagem em diferentes estágios da graduação, considerando gênero e idade. Além disso, visa avaliar globalmente os níveis de empatia e investigar se há diminuição ao longo dos períodos do curso. Esses objetivos buscam compreender a dinâmica da empatia no contexto acadêmico de enfermagem, fornecendo insights para o aprimoramento do ensino e da formação desses profissionais.

MÉTODO

Estudo de abordagem quantitativa, do tipo descritivo, comparativo e transversal, realizado na Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE). Esta consiste em uma instituição privada de ensino superior e faz parte do complexo hospitalar e educacional do Hospital Israelita Albert Einstein, uma instituição privada de renome na área da saúde, localizada no município de São Paulo.

A população foi constituída por 320 estudantes do primeiro ao último semestre da Graduação em Enfermagem da faculdade pesquisada. A amostra total foi composta por 169 alunos dos quatro anos de graduação da enfermagem que aceitaram participar e preencheram o formulário da pesquisa. Além disso, atenderam os seguintes critérios de inclusão: ser aluno regularmente matriculado e ter mais de 18 anos.

Como instrumento de coleta dos dados foi utilizado questionário de perfil sociodemográfico elaborado pelas autoras para caracterização da amostra, onde foram coletadas informações de gênero, idade, semestre da graduação, estado civil, filhos, religião, atividade profissional e quantidade de horas de atividades profissionais. Os dados foram coletados no período de agosto de 2020 a abril de 2022.

A mensuração da empatia foi realizada por meio da Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal (EMRI), uma adaptação brasileira da escala IRI de Mark H. Davis2222. Koller SH, Camino C, Ribeiro J. Adaptação e validação de duas escalas de empatia para uso no Brasil. Estud Psicol [Internet]. 2001 [cited 2021 Jun 6];18(3):43-53. Available from: https://doi.org/10.1590/S0103-166X2001000300004
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. A EMRI é composta por 21 itens objetivos, avaliados em uma escala de 5 pontos, abrangendo dimensões afetivas e cognitivas. As subescalas da EMRI incluem Consideração Empática (dimensão afetiva), Tomada de Perspectiva de Outro (dimensão cognitiva) e Angústia Pessoal (dimensão afetiva), cada uma com sete itens. Originalmente a IMRI possui 4 subescalas, sendo a subescala Fantasia (que corresponde a tendência do respondedor a identificar-se com personagens fictícios de filmes, livros e teatros) a 4° subescala. Entretanto, ela vem sendo excluída de diversos estudos por inconformidade cultural. Assim sendo, a versão brasileira contempla apenas 3 subclasses2222. Koller SH, Camino C, Ribeiro J. Adaptação e validação de duas escalas de empatia para uso no Brasil. Estud Psicol [Internet]. 2001 [cited 2021 Jun 6];18(3):43-53. Available from: https://doi.org/10.1590/S0103-166X2001000300004
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. A análise dos resultados envolveu o cálculo de escores a partir da soma dos valores dos itens, considerando inversões específicas de alguns deles2222. Koller SH, Camino C, Ribeiro J. Adaptação e validação de duas escalas de empatia para uso no Brasil. Estud Psicol [Internet]. 2001 [cited 2021 Jun 6];18(3):43-53. Available from: https://doi.org/10.1590/S0103-166X2001000300004
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Os dados foram coletados pela primeira autora do estudo, com aprovação do projeto pelo Sistema de Gestão de Projetos de Pesquisa e pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Israelita Albert Einstein. A coleta ocorreu presencialmente, com anuência dos gestores responsáveis e garantia de confidencialidade conforme normativas internacionais e locais, incluindo a Resolução do Conselho Nacional de Saúde n 466/12. A pesquisadora assegurou o acesso exclusivo aos dados coletados, mantendo o sigilo e a privacidade dos participantes, sem utilizar informações identificáveis em qualquer fase da pesquisa.

As relações entre a variável dependente (grau de empatia) e variáveis independentes (gênero, idade, etnia, estado civil, filhos, número de filhos, religião e atividade profissional) foram estabelecidas. As características da amostra foram descritas por frequências e médias, utilizando gráficos e testes de normalidade. Modelos lineares ou lineares generalizados foram aplicados para avaliar as alterações nos níveis de empatia nos diferentes semestres, considerando gênero e idade. Os resultados foram apresentados com médias estimadas, intervalos de confiança de 95% e valores-p, utilizando medidas de efeito como razões de médias ou diferenças de médias. As análises foram conduzidas nos programas R e SPSS, com um nível de significância de 5%2323. Savieto RM, Leão ER. Assistência em enfermagem e Jean Watson: uma reflexão sobre a empatia. Esc Anna Nery [Internet]. 2016 [cited 2021 Jun 6];20(1):198-202. Available from: https://doi.org/10.5935/1414-8145.20160026
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-2525. Scarpellini GR, Capellato G, Rizzatti FG, Silva GA, Martinez JA. Escala CARE de empatia: tradução para o Português falado no Brasil e resultados iniciais de validação. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 2014 [cited 2021 Jul 10];47(1):51-8. Available from: https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v47i1p51-58
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RESULTADOS

A amostra total foi composta por 169 alunos dos quatro anos de graduação da enfermagem, sendo que 58 (34,32%) do primeiro ano, 52 (30,77%) do segundo, 29 (17,16%) do terceiro e 30 (17,75%) do quarto ano. A predominância do gênero feminino se destaca em todos os anos de graduação, correspondendo a 88,69% da amostra total. Entre outros destaques, 89,35% são solteiros, 92,20% não têm filhos, 76,33% são da raça branca e 35,33% se declararam católicos.

Quanto às atividades profissionais desenvolvidas pelos alunos da amostra, aproximadamente metade (49,11%) exercem alguma atividade. Em relação às atividades oferecidas durante o curso de graduação, 8,28% fazem estágio extracurricular, 24,26% são monitores e 10,65% são técnicos em enfermagem. Além disso, 7,69% exercem outros tipos de trabalho.

A Tabela 1 apresenta também as comparações entre os anos de graduação em relação a essas atividades mencionadas acima. Existem diferenças significantes entre os anos de graduação para as variáveis ‘Exerce atualmente alguma atividade profissional’ (valor-p=0,000), ‘Estágio extracurricular’ (valor-p=0,000) e ‘Monitoria’ (valor-p=0,007). A porcentagem de alunos que exerce alguma atividade profissional ou que faz estágio extracurricular vai crescendo significativamente conforme o ano de graduação aumenta. Já para a atividade Monitoria, a porcentagem de participantes aumenta até o terceiro ano e depois diminui.

Tabela 1 -
Atividade profissional e/ou acadêmica desenvolvidas pelos alunos de graduação em enfermagem nos 4 anos de curso, São Paulo, SP, Brasil, 2022. (n=169)

Em relação às idades, a média é 22 anos (DP=5,79) sendo o menor valor 18 anos e o maior valor 52 anos. Ainda, o número de filhos variou de 0 a 6 filhos (DP=0,57) e o tempo de trabalho variou de 0 a 11 anos (DP=2,14).

Considerando a amostra total, os scores das três subescalas do instrumento EMRI e score de empatia obtido com o mesmo instrumento, encontram-se na tabela 2. O score de cada uma das três subescalas (Consideração empática, Tomada de perspectiva e Angústia pessoal) corresponde a soma dos pontos dos sete itens do instrumento de coleta que compõe cada subescala e, portanto, variam de no mínimo 7 pontos até 35 pontos, no máximo. Já o score de empatia é a soma dos 21 itens do instrumento EMRI e varia de 21 a 105 pontos. Os escores das subescalas Consideração Empática e Tomada de Perspectiva foram mais altos do que o score da subescala de Angústia Pessoal.

Tabela 2 -
Escores de empatia obtidos por meio da escala multidimensional de reatividade interpessoal para a amostra total, São Paulo, SP, Brasil, 2022. (n=169)

A descrição dos resultados (valor mínimo, P25, mediana, P75 e valor máximo) de cada um dos itens de cada subescala é mostrada nas figuras 1, 2 e 3, nos gráficos Boxplot. O valor numérico exibido dentro do intervalo interquartil (P25 até P75) corresponde ao score médio de cada item. Nota-se que na subescala Angústia pessoal (Figura 3), todos os itens têm o percentil 75 (P75) igual ou inferior a quatro pontos, enquanto nas outras duas subescalas (Consideração empática e Tomada de perspectiva) o P75 coincide com o valor máximo de cinco pontos, com exceção do item 19 na subescala Tomada de perspectiva.

Figura 1 -
Resultados por item da subescala consideração empática, São Paulo, SP, Brasil, 2022.

Figura 2 -
Resultados por item da subescala tomada de perspectiva, São Paulo, SP, Brasil, 2022.

Figura 3 -
Resultados por item da subescala angústia pessoal, São Paulo, SP, Brasil, 2022.

As três subescalas foram comparadas em relação à variável gênero. O teste estatístico acusou diferença significativa entre os gêneros apenas para a subescala Consideração empática (valor-p=0,002). Portanto, nessa subescala, o score médio do gênero feminino é maior que o do masculino.

Realizou-se a comparação entre as subescalas e a variável ano de graduação. Nas três subescalas e no score de empatia, não apareceu relação significativa com o ano de graduação do aluno (valor-p>0,05). Vale ressaltar que nas três subescalas, apesar de não significante, o menor score aparece no quarto ano de graduação.

Além disso, tanto para o gênero feminino quanto para o masculino, nenhuma subescala apresentou diferenças significativas entre os anos de graduação (valor-p>0,05).

Fazendo a separação por ano de graduação, a comparação entre os gêneros mostrou que a diferença significativa na subescala Consideração empática, apareceu no segundo ano de graduação (valor-p=0,012). O escore médio do gênero feminino é maior que o do masculino. Nas outras subescalas e no escore de empatia não há diferenças entre os gêneros. Para o terceiro ano de graduação não foi possível fazer as comparações porque há apenas um aluno de gênero masculino.

DISCUSSÃO

A empatia desempenha um papel fundamental na prática profissional, especialmente na área de saúde, onde a compreensão e a conexão emocional entre profissionais e pacientes são cruciais para o sucesso do tratamento. A predominância do gênero feminino entre os estudantes de enfermagem, alinhada com os resultados de pesquisa do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), destaca a importância de compreender as diferenças de gênero na expressão da empatia1414. Mufato L, Gaiva M. Empatia em saúde: revisão integrativa. Rev Enferm Centro Oeste Min [Internet]. 2019 [cited 2022 Mar 10];9:e2884. Available from: http://doi.org/10.19175/recom.v9i0.2884
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,2626. Rondon LS, Cunha IC, Ximenes Neto FR. Habilidade empática e seu aprendizado em graduandos de enfermagem. Enferm Foco [Internet]. 2020 [cited 2021 Jul 13];11(3):6-14. Available from: https://doi.org/10.21675/2357-707X.2020.v11.n4.3767
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Os resultados indicam médias de empatia entre os estudantes de enfermagem acima da média de estudantes de medicina, obtida em estudos anteriores2727. Cotta Filho CK, Miranda FB, Oku H, Machado GC, Pereira GA Jr, Mazzo A. Cultura, ensino e aprendizagem da empatia na educação médica: scoping review. Rev Interface [Internet]. 2020 [cited 2021 Oct 13];20:e180567. Available from: https://doi.org/10.1590/Interface.180567
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.A utilização da escala EMRI revela médias mais elevadas nas subescalas de Consideração Empática, Tomada de Perspectiva e Angústia Pessoal em comparação com estudantes de medicina, evidenciando a singularidade da formação em enfermagem. Essas médias estão em consonância com resultados obtidos em pesquisa semelhante realizada em universidades estaduais paranaenses33. Dicionário Online de Português. Empatia [Internet]. 2021 [cited 2021 May 22]. Available from: https://www.dicio.com.br/empatia
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,2727. Cotta Filho CK, Miranda FB, Oku H, Machado GC, Pereira GA Jr, Mazzo A. Cultura, ensino e aprendizagem da empatia na educação médica: scoping review. Rev Interface [Internet]. 2020 [cited 2021 Oct 13];20:e180567. Available from: https://doi.org/10.1590/Interface.180567
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O envolvimento em metodologias ativas, como a Simulação Realística, emerge como um possível catalisador para os elevados níveis de empatia observados entre os estudantes de enfermagem. Essas atividades proporcionam situações práticas que destacam a necessidade de desenvolver a alteridade e habilidades essenciais de comunicação, fundamentais para a empatia na prática clínica2626. Rondon LS, Cunha IC, Ximenes Neto FR. Habilidade empática e seu aprendizado em graduandos de enfermagem. Enferm Foco [Internet]. 2020 [cited 2021 Jul 13];11(3):6-14. Available from: https://doi.org/10.21675/2357-707X.2020.v11.n4.3767
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Resultados destacam a associação entre maiores escores em Consideração Empática e Tomada de Decisão, juntamente com menores escores em Angústia Pessoal, sugerindo que profissionais empáticos enfrentam menos estresse, depressão e Síndrome de Burnout. A compreensão interpessoal e a aceitação da alteridade como parte integrante da vida profissional contribuem para essa resiliência2828. Mendes IA, Chavaglia SR, Godoy S, Silva ÍR, Almeida EW, Souza MC. Avaliação da empatia de graduandos de enfermagem. Acta Paul Enferm [Internet]. 2021 [cited 2021 Oct 13];34:eAPE002235. Available from: https://doi.org/10.37689/acta-ape/2021AO002235
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A análise das diferenças de gênero revela uma diferença significativa na subescala Consideração Empática, com o gênero feminino apresentando pontuações mais elevadas. Essa diferença está alinhada com estudos na área médica, indicando que as mulheres tendem a ser mais emocionais, pensam mais no sofrimento do outro e apresentam maior alteridade. Ao comparar os anos de graduação, observa-se que, embora não significativa, a subescala Consideração Empática mostra diferenças no segundo ano, com o gênero feminino pontuando mais alto. Tal resultado pode estar associado ao formato de educação dado a meninas, no qual a socialização é estimulada favorecendo habilidades nas relações interpessoais e maior expressão de afetos. Ou seja, o compartilhamento de sentimentos e a compreensão das emoções dos outros seriam caracteríscticas associadas ao papel social feminino, mais do que ao estereótipo do papel masculino2929. Serna JMG, Serrano RR, Martín MS, Fernández JM. Descenso de empatía en estudiantes de enfermería y análisis de posibles factores implicados. Psicol Educ [Internet]. 2014 [cited 2021 Oct 10];20(1):53-60. Available from: https://doi.org/10.1016/j.pse.2014.05.007
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Embora as diferenças morfológicas do cérebro possam influenciar na expressão de emoções, há uma forte correlação cultural, onde o papel histórico das mulheres associado ao cuidado as torna mais propensas a expressar afetos. A ausência de uma relação significativa entre ano de graduação e empatia, exceto uma tendência no quarto ano, destaca a necessidade contínua de práticas pedagógicas eficazes1717. Amaya MM, Amador LT, Martínez FG. Fatores relacionados à empatia nos estudos de Enfermeiros da Universidade de Cartagena. Enferm Clin [Internet]. 2016 [cited 2021 Feb 7];26(5):282-9. Available from: https://doi.org/10.1016/j.enfcli.2016.06.004
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,2020. Narváez VD, Gámbaro GM, Gómez ND, Martínez MR, Caro S, Calzadilla-Núñez A. Empatía en estudiantes de enfermería de la Universidad Mayor, Sede Temuco, IX región, Chile. Aquichan [Internet]. 2014 [cited 2021 Jun 10];14(3):388-402. Available from: https://doi.org/10.5294/aqui.2014.14.3.9
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.

Pesquisas internacionais variam em relação às mudanças nos níveis de empatia ao longo dos anos de graduação. Resultados suecos indicam maior empatia no sexto semestre, enquanto pesquisas colombianas e espanholas divergem em seus achados. Nosso estudo, embora observe uma diminuição não significativa no quarto ano, não replica as tendências observadas em outros contextos3030. Montenegro HC, Ospino DB, Ortiz YMB, Amell GL, Coronado AME, Narváez VPD. Empatia em estudantes de enfermagem da universidade metropolitana de barranquilla (colômbia). Texto Contexto Enferm [Internet]. 2020 [cited 2021 Oct 10];29:e20180314. Available from: https://doi.org/10.1590/1980-265X-TCE-2018-0314
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. Considerando-se que a porcentagem de alunos que exerce alguma atividade profissional ou faz estágio extracurricular vai crescendo significativamente conforme o ano de graduação aumenta, algumas possíveis justificativas para a diminuição encontrada podem ser: adaptação ao ambiente clínico e consequente dessensibilização devido à exposição repetida, cargas acadêmicas elevadas, estresse, desgaste emocional e mecanização do cuidado.

A promoção de práticas interativas, como tutorias entre pares, pode fortalecer os laços empáticos durante a formação. Estratégias pedagógicas que fomentam a empatia desde o início são essenciais para superar desafios e garantir sua manutenção na prática profissional2828. Mendes IA, Chavaglia SR, Godoy S, Silva ÍR, Almeida EW, Souza MC. Avaliação da empatia de graduandos de enfermagem. Acta Paul Enferm [Internet]. 2021 [cited 2021 Oct 13];34:eAPE002235. Available from: https://doi.org/10.37689/acta-ape/2021AO002235
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.

CONCLUSÃO

Na avaliação dos níveis de empatia, as subescalas de Consideração Empática e Tomada de Perspectiva apresentaram escores mais altos em comparação com a subescala de Angústia Pessoal.

Ao considerar o gênero, a diferença significativa foi observada apenas na subescala Consideração Empática, onde as mulheres pontuaram mais alto.

A comparação dos níveis de empatia em diferentes períodos da graduação não revelou relações significativas com o ano de graduação. No entanto, é notável que o menor escore nas três subescalas ocorreu no quarto ano.

Ao analisar a relação entre anos de graduação e gênero, nenhuma subescala apresentou diferenças significativas. Entretanto, ao separar por ano de graduação, a diferença significativa na subescala Consideração Empática surgiu no segundo ano, com escores mais altos para o gênero feminino.

A constatação de que a empatia é uma parte integral do tratamento e cuidado, tão importante quanto os conhecimentos técnicos, tem incentivado as instituições de ensino de saúde a incorporar essa dimensão nos currículos. A humanização é percebida como uma habilidade passível de ser aprendida, conduzindo as instituições a desenvolverem repertórios de práticas pedagógicas.

A utilização da Escala Multidimensional de Reactividade Interpessoal (EMRI) se mostra valiosa para avaliar intervenções, antes e após, tanto de profissionais quanto de estudantes, oferecendo subsídios para ajustes nas estratégias educacionais. A importância da escuta ativa seja dos pacientes, colegas ou professores emerge como fundamental para a aprendizagem da empatia, promovendo experiências relacionais produtivas e o desenvolvimento contínuo dessa habilidade entre alunos, professores e na instituição como um todo. O compromisso com o aprimoramento da empatia ao longo da formação e prática profissional é essencial para garantir uma assistência de saúde verdadeiramente centrada no paciente.

Apesar do tamanho reduzido da amostra e a da baixa representatividade de participantes do gênero masculino, este estudo destaca a importância contínua do ensino de empatia na formação em enfermagem. Entretanto, são necessárias investigações adicionais para avaliar a eficácia de abordagens pedagógicas específicas na promoção da empatia a fim de compreender completamente seu impacto ao longo da formação profissional.

AGRADECIMENTO

À Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein.

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NOTAS

  • ORIGEM DO ARTIGO

    Extraído da dissertação - Avaliação da empatia em estudantes de enfermagem, apresentada ao Programa de mestrado em Ensino de Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein, em 2022.
  • FINANCIAMENTO

    Não houve apoio financeiro, assistência técnica e outros auxílios.
  • APROVAÇÃO DE COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA

    Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Israelita Albert Einstein CAAE: 51435821.1.0000.0071. Número do Parecer: 5.250.094 - Sistema de Gestão de Projetos de Pesquisa (SGPP 4534-20).

Editado por

EDITORES

Editores Associado: Bruno Miguel Borges de Sousa Magalhães, Ana Izabel Jatobá de Souza.
Editor-chefe: Elisiane Lorenzini.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    12 Ago 2024
  • Data do Fascículo
    2024

Histórico

  • Recebido
    24 Fev 2024
  • Aceito
    08 Maio 2024
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