Este estudo qualitativo teve o objetivo de conhecer o autocuidado tradicional de mulheres nativas durante a gravidez, parto e com o recém-nascido. Foram realizadas 16 entrevistas semi-estruturadas com mães e parteiras de uma comunidade nativa peruana. Com o suporte da teoria das representações sociais e o método etnográfico, emergiram três categorias temáticas: os símbolos e práticas tradicionais representadas no cuidar-se, preparam a gestante para um parto fácil; a parteira, saberes, práticas e objetos durante o parto representam proteção para o bebê; a parteira e a mãe garantem os cuidados imediatos e alimentação do recém-nascido. Finalmente, as práticas tradicionais de autocuidado são consideradas de senso comum, transmitidas de geração em geração e destacam a mulher cuidadora. Objetiva-se o respeito por sua cosmovisão e natureza, e a âncora do autocuidado está arraigada em seus costumes, crenças, símbolos e imagens, mas com pouca integração ao cuidado e saúde ocidental.
Autocuidado; Saúde materno-infantil; População indígena; Conhecimentos, atitudes e prática em saúde