RESUMO
Objetivo:
analisar as Estratégias de Coping utilizadas por enfermeiras de emergência hospitalar.
Método:
estudo descritivo, exploratório e qualitativo, realizado com 15 enfermeiras de uma emergência hospitalar da Rede Pública de um município do estado da Bahia, Brasil. Utilizou-se a entrevista semiestruturada em profundidade. A coleta de dados ocorreu no período de abril a junho do ano de 2017. Os achados estão ancorados no método do Discurso do Sujeito Coletivo, suportados pelo referencial teórico de Coping.
Resultados:
a presença de situações geradoras de estresse é marcante no trabalho da enfermeira de emergência hospitalar, fazendo emergir repercussões sociais, laborais e psicossomáticas, desarranjos emocionais ou psiquiátricos que afetam a funcionalidade do corpo, abarcando as repercussões físicas. O desenvolvimento de Estratégias de Coping surge frente à necessidade de enfrentamento aos estressores. Envolvem o emprego de recursos pessoais, sociais e espirituais, e revelam-se em respostas positivas e/ou negativas. O discurso revelou que, quando centradas no problema (gestão do agente estressor), buscam o fortalecimento do suporte social, planejam suas atividades diárias e estabelecem relação dialógica e de ajuda mútua com a equipe; quando centradas na emoção (regulação de emoções ou angústias), exercitam a busca e a manutenção do controle emocional, praticam o autocontrole, afastam-se do elemento estressor e investem em práticas de atividade física e lazer.
Conclusão:
a enfermeira emprega diferentes Estratégias de Coping, sendo essenciais e indispensáveis para evitar a elevação dos níveis de estresse e o desencadeamento de repercussões negativas. As estratégias empreendidas evidenciadas ora estão centradas no problema, ora na emoção.
DESCRITORES:
Estratégias de enfrentamento; Enfermeira; Estresse ocupacional; Serviços de saúde de emergência; Hospitais públicos