RESUMO
Objetivo:
conhecer as vivências de violência entre os jovens estudantes de enfermagem no decorrer da sua formação profissional e as repercussões desse fenômeno em sua corporeidade.
Método:
pesquisa exploratória, descritiva, com abordagem qualitativa, realizada entre junho e agosto de 2013 com 21 jovens estudantes de enfermagem em uma universidade pública de Santa Catarina. A produção das informações ocorreu com base no Método Criativo e Sensível, mediado pelas Dinâmicas de Criatividade e Sensibilidade. Para a análise das informações, foi utilizada a Hermenêutica com suporte do referencial teórico-filosófico de Maurice Merleau-Ponty.
Resultados:
emergiram dois temas: situações de violência vivenciadas pelos jovens no processo de formação em enfermagem e repercussões da violência na corporeidade do jovem. Os resultados revelam a violência simbólica presente nas relações de autoridade entre docentes e discentes e nos conflitos entre profissionais dos serviços de saúde e acadêmicos. Os jovens entendem que a violência está naturalizada no seu viver e interfere em sua corporeidade perturbando o existir, provocando sentimentos de ausência, distanciamento e indiferença, os quais repercutem em sua saúde e nas suas práticas de cuidado.
Conclusão:
a violência presente no processo de formação em enfermagem interfere na corporeidade, no modo de ser e na construção do jovem como um ser de cuidado. A pesquisa revelou elementos importantes para refletir acerca da violência presente no contexto da formação em enfermagem e subsidiar ações dos docentes e profissionais de saúde e enfermagem que atuam nos cenários de práticas.
DESCRITORES:
Violência; Adolescente; Enfermagem; Educação em enfermagem; Estudantes de enfermagem