Trata-se do relato de uma experiência vivida por uma cuidadora, como paciente, em uma capital do Sul do Brasil. O evento narrado abrangeu o período de dezembro de 2009 a abril de 2010. Objetivou-se desvelar comportamentos e atitudes de cuidado ou humanização por parte de profissionais de saúde (cuidadores), assim como de pessoas leigas. Utilizou-se a narrativa literária como estratégia metodológica, e a análise interpretativa evidenciou, por parte dos cuidadores, atitudes e comportamentos considerados como de não-cuidado (desinteresse, indiferença e até grosseria), enquanto que, por parte dos leigos, observou-se interesse, gentileza, solidariedade, preocupação, que levaram ao seguinte questionamento: "quem cuida, afinal?" A experiência mostra que, apesar da implementação da política de humanização, profissionais de saúde não conseguem expressar sensibilidade, limitando-se em desenvolver ações de ordem técnica, ou seja, dando prioridade ao enfoque curativo, em detrimento de uma atenção centrada no paciente.
Humanização da assistência; Assistência centrada no paciente; Narração; Cuidados de enfermagem