Resumo:
O artigo busca abrir uma fresta para vislumbrar a história de uma mulher negra chamada Flora Maria Blumer de Toledo e da missionária Martha Watts, atentando nas questões de gênero, escravidão e religião. O estudo versa sobre o caso de alforria de Flora e sua prestação de serviço como cozinheira a uma escola metodista de Piracicaba (SP), dirigida por Watts. Embora diversos estudos mencionem determinadas questões relativas à prestação de serviços domésticos pelas libertas durante o Oitocentos, o caso de Flora amplia o leque de diversidade, dado que seu serviço era prestado a uma escola norte-americana. O artigo vale-se de variadas fontes documentais e bibliográficas, além da coletânea de correspondências de Martha Watts publicadas originalmente pelo Woman’s Missionary Advocate, periódico da Sociedade Missionária de Mulheres Metodistas dos Estados Unidos.
Palavras-chave:
Gênero; Escravidão; Religião