Resumo:
O artigo revela como os relatos de naufrágios, ocorridos no século XVI, publicados na forma de panfletos e, no século seguinte, transcritos por Bernardo Gomes de Brito, na História trágico-marítima (1735), foram fundamentais para que os sobreviventes dos sucessivos naufrágios ocorridos na costa da África Sul-Oriental encontrassem os meios de subsistência, o caminho em terra a ser percorrido e os povos nativos a serem contatados de modo a serem salvos, a que denomino de Rota da Salvação. Em meio à tragédia e às perdas de vidas humanas e de materiais, os relatos de naufrágio desempenharam um papel positivo ao divulgar o conhecimento necessário à peregrinação dos sobreviventes.
Palavras-chave:
Marfim; História trágico-marítima; África