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Esta seção destina-se a divulgar as teses e as dissertações dos alunos do Programa de Pós-graduação em História, da UFF, assim como as teses dos Professores do Departamento.

A influenza espanhola e a cidade planejada: Belo Horizonte, 1918

Anny Jackeline Torres Silveira

Defesa: 05/08/04 – Doutorado

Banca: André Luiz Vieira de Campos (Orientador), Gilberto Hochman (FIOCRUZ – COC), Ismênia de Lima Martins (UFF), Margarida de Souza Neves (PUC/RJ), Nara Azevedo (FIOCRUZ – COC)

O trabalho enfoca a experiência da pandemia de gripe espanhola na cidade de Belo Horizonte (Minas Gerais), no final do século XIX, analisando, à luz das sugestões da historiografia das epidemias, os impactos operados pela moléstia no cotidiano da capital mineira, entre eles: as transformações no dia-a-dia da cidade, as reações das autoridades públicas e científicas, a mobilização social para o socorro às vítimas e os aspectos culturais revelados a partir da doença.

Velhos atores em um novo cenário: controle social e pobreza em Minas Gerais na passagem à modernidade (Juiz de Fora - c. 1876 - c. 1922)

Jefferson de Almeida Pinto

Defesa: 05/08/04 – Mestrado

Banca: Gizlene Neder (Orientadora), Anderson Oliveira (UERJ), Gladys Ribeiro (UFF), Vera Malaguti Batista (UCAM)

A presente dissertação busca analisar o processo de controle social da pobreza, empreendido na cidade de Juiz de Fora, na passagem à modernidade. Delimitamos este período a partir da crise do sistema escravista na década de 1870 até a década de 1920, quando, então, o Brasil fez cem anos de nação. Busca-se, com isto, estudar a transformação no cotidiano dos homens livres nacionais frente à crise do escravismo, à urbanização e ao aumento da segurança pública.

O olhar de agostinho de hipona sobre o Império Romano ocidental: uma abordagem semiótica da Cidade de Deus

Márcia Santos Lemos

Defesa: 12/08/04 – Mestrado

Banca: Sonia Rebel (Orientadora), Claudia Beltrão da Rosa (UNIRIO), Regina Maria da Cunha Bustamante (UFRJ)

Num plano genérico, a pesquisa proposta objetiva analisar o discurso Agostiniano em sua Obra De Civitale Dei, inserido na tradição literária cristã dos séculos IV e V no Império Romano. E tenta relacionar a representação que Santo Agostinho faz das práticas pagãs e a imagem que contrói das cidades – de Deus e dos Homens – com o processo de afirmação da doutrina cristã e da legitimação do poder imperial, para então discutir a função da cultura escrita no estabelecimento da nova ordem – DOMINATO.

Do amor nas terras do Maranhão: um estudo sobre casamento e o divórcio entre 1750 e 1850

Maria da Glória Guimarães Correia

Defesa: 16/08/04 – Doutorado

Banca: Rachel Soihet (Orientador), Joana Maria Pedro (UFSC), Magali Engel (UFF), Suely Gomes Costa (UFF – Serviço Social)

Resultado de um olhar lançado sobre o Maranhão de 1750 a 1850, este trabalho representa uma tentativa de compreender e reconstituir normas e valores que, numa relação contraditória, orientavam a formação dos casais, como também dificultavam e até mesmo impediam que casais se formassem, atentando para a tensão que se verificará entre o padrão de arranjos matrimoniais instituído, fundado num princípio de proporção e de igualdade entre os cônjuges, e um novo discurso amoroso, que disseminará o ideal romântico de amor, a partir de meados do século XIX.

A libertação gradual e a saída viável: os múltiplos sentidos da liberdade pelo Fundo de emancipação dos Escravos

Fabiano Dauwe

Defesa: 17/08/04 – Mestrado

Banca: Martha Abreu (Orientador), Marcia Motta (UFF), Ricardo Salles (UERJ – FFP)

O Fundo de emancipação de Escravos foi criado pela Lei do Ventre Livre (lei nº 2.040, de 28 de setembro de 1871), para libertar escravos em todos os municípios do país. Ao analisar com cuidado os valores envolvidos e apresentar a sua aplicação, do ponto de vista de uma localidade do sul do Brasil (Desterro, hoje Florianópolis), pretendemos observar as possibilidades que o fundo de emancipação abria para a liberdade de alguns escravos, e como a sua existência interferia na sociedade escravista do final do século XIX.

Imagens e palavras: os indígenas na expedição científica de Wied-Neuwied ao Brasil (1815-1817)

Albina Luciani Albuquerque Pereira

Defesa: 19/08/04 – Mestrado

Banca: Ronald Raminelli (Orientador), Lorelai Brilhante Kury (UERJ), Therezinha Bauman (UFRJ – MN)

O objetivo deste estudo é analisar parte da obra do naturalista Maximilian Alexander Philip, Prinz zu Wied-Neuwied (1782-1867), produzida a partir de sua viagem ao Brasil (1815-1817). No contexto histórico do início do século XIX, os trabalhos sobre as tribos primitivas do Novo Mundo representaram discussões filosóficas, sociais e também, neste caso, discussões científicas européias. Assim, pretendeu-se analisar como aquele viajante participou, a partir de suas observações sobre os indígenas brasileiros, destas discussões e como elas se apresentaram no interior de suas obras iconográficas e textuais.

O Conselho de Fiscalização das Expedições Artísticas e Científicas no Brasil: ciência, patrimônio e controle

Araci Gomes Lisboa

Defesa: 19/08/04 – Mestrado

Banca: Virgínia Fontes (Orientadora), Cezar Honorato (UFF), Márcia Chuva (IPHAN – Documentação), Sonia Mendonça (UFF)

A presente dissertação analisa o Conselho das Expedições Artísticas e Científicas no Brasil (CFEACB), entre 1933 e 1956, que fiscalizou e licenciou expedições nacionais e estrangeiras, com fins científicos e artísticos, controlando todo tipo de material, que era considerado patrimônio científico nacional. O conselho foi analisado a partir do processo histórico em que esteve inserido, relacionado com as conjunturas vividas, marcadas por crises econômicas e políticas a nível mundial, o que ocasionou, em diversos momentos, a retração dos investimentos externos no Brasil.

Múltiplos viveres de afro-descendentes na escravidão e no pós-emancipação: (Juiz de Fora – Minas Gerais)

Elione Silva Guimarães

Defesa: 19/08/04 – Doutorado

Banca: Márcia Motta (Orientadora), Carlos Gabriel Guimarães (UFF), Flávio dos Santos Gomes (UFRJ), Maria Helena P. T. Machado (USP), Théo Piñeiro (UFF )

Proponho compreender os conflitos envolvendo os afrodescendentes (escravos, livres e libertos) e os grandes proprietários agrícolas, na segunda metade do século XIX, no mais importante município cafeeiro de Minas Gerais (JF) e detentor de grande população afrodescendente.

Aspectos da música na Cidade Real: um estudo sobre alguns discursos acerca da educação musical do cidadão ateniense nos séculos V e IV

Kátia Maria Diniz Araújo

Defesa: 19/08/04 – Mestrado

Banca: Sonia Rebel (Orientadora), Claudia Beltrão da Rosa (UNIRIO), Maria Regina Candido (UERJ)

A presente dissertação propõe-se a realizar um estudo sobre alguns discursos acerca da educação musical do cidadão ateniense, nos séculos V e IV a.C. Para tanto, valorizaremos a construção da idéia de tempo/temporalidade a partir da apreensão/vivência das noções de tempo histórico, tempo mítico e tempo musical, com base nos textos da Antigüidade, incluindo a estruturação do conceito de história a partir de diferentes noções de temporalidade.

Paraíso, escatologia e messianismo em Portugal à época de D. João I

Adriana Maria de Souza Zierer

Defesa: 20/08/04 – Doutorado

Banca: Vânia Leite Fróes (Orientadora), Francisco José Silva Gomes (UFRJ), Lana Lage (UENF), Maria Eurydice de Barros Ribeiro (UnB), Roberto Godofredo Fabri Ferreira (UFF – Morfologia)

Os relatos de viagens imaginárias, tratando do espaço ternário do Além (Purgatório, Inferno e Paraíso), tiveram grande impulso a partir do século XII. A presente pesquisa trata da incorporação destas viagens ao universo mental português, com a difusão de narrativas referentes ao Paraíso terreal. Abordaremos a relação entre a construção de um topos imaginário, associado à afirmação da Dinastia de Avis e o contexto da crise do feudalismo.

Macabéias da colônia: criptojudaísmo feminino na Bahia – Séculos XVI-XVII

Angelo Adriano Faria de Assis

Defesa: 20/08/04 – Doutorado

Banca: Ronaldo Vainfas (Orientador), Bruno Guilherme Feitler (CEBRAP), Georgina Silva dos Santos (UFF), Jacqueline Hermann (UFRJ), Lina Gorenstein (USP)

Esta Tese procura analisar a importância feminina para a manutenção e a sobrevivência judaica no mundo luso-brasileiro durante os séculos XVI e XVII, através do estudo dos processos movidos pelo Tribunal do Santo Ofício da Inquisição lisboeta contra a família Antunes: principalmente a matriarca, Ana Rodrigues, suas filhas e netas, insistentemente delatadas perante a Inquisição e apontadas como Macabéias: exemplos dos mais significativos do criptojudaísmo então vivido na colônia.

Os braços da (des)ordem: indisciplina militar na Província do Grão-Pará (meados do século XIX)

Carlos Augusto de Castro Bastos

Defesa: 20/08/04 – Mestrado

Banca: Hebe Maria Mattos (Orientador), Gizlene Neder (UFF), Marcos Luiz Bretas (UFRJ)

Este trabalho trata da constituição de tropas de 1ª linha, que visavam garantir a ordem social que se buscava construir no Império naquele momento, e das ações de indisciplina, envolvendo soldados na Província do Grão-Pará, em meados do século XIX. Tal política afetava o cotidiano da população livre e pobre local, o que ocasionava uma forte oposição ao serviço militar. Além disto, as leituras políticas que muitos recrutados tinham do papel destas tropas eram divergentes das visões das autoridades, não considerando a Guarda Policial como uma instituição legítima ou mesmo posicionando-se contra a ordem que se tentava estabelecer no período. Com base em tais constatações, são analisadas as ações de indisciplina praticadas por soldados, como deserções, protestos e motins.

A construção de um Infante Santo em Portugal: (1438-1481)

Clinio de Oliveira Amaral

Defesa: 20/08/04 – Mestrado

Banca: Vânia Leite Fróes (Orientador), Ciro Flamarion Cardoso (UFF), Lana Lage (UENF)

O objetivo da dissertação é discutir a formação da nacionalidade portuguesa, tomando-se como base as crônicas de Gomes Eanes de Zurara – Crônica da Tomada de Ceuta e Crônica da Conquista da Guiné, 1449 e 1452-53, respectivamente, e Frei João Álvares, Tratado da Vida e Feitos do Muito Venturoso Sr. Infante D. Fernando, do início dos anos 50. Parte-se da noção de que havia uma demanda pela santidade de um membro da Casa de Avis, a exemplo de outras monarquias européias.

1789 – A sedução do escorpião: um estudo dos autos da devassa da premeditada sublevação de Minas Gerais

Dilma Ferreira do Nascimento

Defesa: 20/08/04 – Mestrado

Banca: Fátima Gouvêa (Orientadora), Berenice de Oliveira Cavalcante (PUC/RJ), Júnia Furtado (UFMG)

O objetivo da pesquisa realizada foi fazer uma releitura da Inconfidência Mineira, com uma perspectiva de abordar as idéias de governo, as leis no interior do movimento e a penetração das leituras sediciosas entre os sublevados. Pensando os referidos conceitos, procurou-se localizar os possíveis projetos de bom governo para a capitania de Minas Gerais, em oposição aos projetos que foram ordenados por Martinho de Mello e Castro, em suas instruções de 1798, para o governador das Minas em 1789, Visconde de Barbacena.

Itaipu: as faces de um megaprojeto de desenvolvimento (1930-1984 )

Ivone Terezinha Carletto de Lima

Defesa: 20/08/04 – Doutorado

Banca: Ismênia de Lima Martins (Orientadora), Gizlene Neder (UFF), Jessie Jane Vieira de Sousa (UFRJ), Marcia Motta (UFF), Sergio Lamarão (FGV – CPDOC)

O presente trabalho procura apresentar um estudo sobre a Itaipu Binacional, localizada no extremo oeste paranaense, em condomínio com o Paraguai, envolvendo seus antecedentes, seu projeto, o tratado, a construção e os impactos. O estudo se insere no conjunto de discussões sobre o processo de desenvolvimento industrial no Brasil, suas repercussões e seus inúmeros aspectos, apresentando uma análise da conjuntura econômica que proporcionou a realização de estudos para a viabilização de projetos hidrelétricos.

O idioma da mestiçagem: religiosidade e "identidade parda" na América

Larissa Moreira Viana

Defesa: 20/08/04 – Doutorado

Banca: Martha Abreu (Orientadora), Anderson Oliveira (UERJ), Hebe Maria Mattos (UFF), Ronaldo Vainfas (UFF), Silvia Lara (UNICAMP)

Esta pesquisa se propõe a investigar as influências de conceitos religiosos e artísticos africanos nas comunidades de escravos e livres de cor no sudeste oitocentista, sobretudo no que se refere à devoção aos santos católicos.

Uma questão de projetos: o Senado da Câmara e a Intendência da Polícia na gestão do espaço urbano da Corte. Rio de Janeiro, 1808-1821

Livia Mauricio Scheiner

Defesa: 20/08/ 04 – Mestrado

Banca: Maria Fernanda Bicalho (Orientadora), Adriana Pereira Campos (UFES), Fátima Gouvêa (UFF)

O presente trabalho discute a ação urbanizadora empreendida pela Intendência da Polícia da Corte e do Estado do Brasil, durante os anos de permanência da corte portuguesa no Rio de Janeiro, e seu relacionamento com o Senado da Câmara – instância governativa da municipalidade que, até 1808, esteve encarregada da administração do espaço público da cidade. Busca-se apreender o compromisso da Intendência da Polícia, por meio da gestão do desembargador Paulo Fernandes Viana, com a tentativa de construção de um novo e poderoso Império na América: o Império luso-brasileiro.

Na medida do impossível: o cavaleiro além da cavalaria nos romances de Chrétien de Troyes (1165-1191)

Sínval Carlos Mello Gonçalves

Defesa: 20/08/04 – Doutorado

Banca: Vânia Leite Fróes (Orientadora), Lana Lage (UENF), Marco Lucchesi (UFRJ – Letras), Maria Eurydice de Barros Ribeiro (UnB), Vitória Peres de Oliveira (UFJF)

Este trabalho objetiva analisar a forma pela qual o tratamento do sentido amoroso, um dos aspectos essenciais das narrativas arturianas, nos pode revelar alguns aspectos interiores do sujeito que se constituía (séc. XII), bem como alguns dos modelos que lhe eram propostos.

Selvagens bebedeiras: álcool, embriaguez e contatos culturais no Brasil Colonial

João Azevedo Fernandes

Defesa: 23/08/04 – Doutorado

Banca: Ronaldo Vainfas (Orientador), Eduardo Viveiros de Castro (UFRJ-Antropologia), John Manuel Monteiro (UNICAMP – Antropologia), Maria Regina Celestino de Almeida (UFF), Ronald Raminelli (UFF)

Quando pisaram no solo que se tornaria o território brasileiro, os europeus encontraram sociedades nativas que tinham, em suas bebidas alcoólicas e em suas formas específicas de embriaguez, um espaço crucial para a expressão de suas visões de mundo e para a realização de eventos e práticas centrais em suas sociedades e culturas. Esta tese se propões a realizar um estudo das formas pelas quais as bebidas alcoólicas eram utilizadas pelas populações nativas até o contato, e como as bebidas foram utilizadas como arma de conquista européia.

Sem (vi)eira nem beira: uma história do Zé Pereira da Chácara (Mariana-MG, 1960-2002)

Newton Cardoso Junior

Defesa: 23/08/04 – Mestrado

Banca: Martha Abreu (Orientadora), Maria Clementina Pereira Cunha (UNICAMP), Rachel Soihet (UFF)

O presente trabalho tem como objeto de investigação uma brincadeira carnavalesca denominada zé-pereira e, mais especificamente, um destes grupos, natural da cidade de Mariana, Minas Gerais: o Zé Pereira da Chácara. Neste sentido, pretende-se investigar o papel das tradições no processo de construção de identidades e as relações entre memória e história, as políticas institucionais de incremento e preservação de bens culturais, bem como estratégias a que manifestações, ditas tradicionais, recorrem, a fim de se manterem prósperas no contexto das sociedades industriais, fortemente influenciadas pelos meios de comunicação de massa.

As letras da tradição: o Tratado de Direito Natural de Tomás Antônio Gonzaga e as linguagens políticas na época Pombalina (1750-1772)

Rodrigo Elias Caetano Gomes

Defesa: 17/09/04 – Mestrado

Banca: Guilherme Pereira das Neves (Orientador), Evaldo Cabral de Mello (MRE – Itamaraty), Luiz Carlos Villalta (UFMG)

O presente trabalho trata da teoria luso-americana de Estado no século XVIII à luz do "Tratado de Direito Natural" de Tomás Antônio Gonzaga, composto entre 1768 e 1772. Abordaremos o objeto a partir da temática das "linguagens políticas", teorizadas sobretudo pelo historiador britânico J. G. Pocock. Teremos como objetivos: traçar um quadro mais preciso das idéias políticas em circulação no Império Português, no terceiro quartel do século XVIII, época do ministério de Sebastião José de Carvalho e Melo, e discutir uma fonte pouco conhecida no ambiente acadêmico brasileiro, essencial para a compreensão do pensamento político do futuro "poeta da inconfidência".

A ocupação do oeste paranaense e a formação de cascavel: as singularidades de uma cidade comum

Vander Piaia

Defesa: 22/10/04 – Doutorado

Banca: Luiz Carlos Soares (Orientador), Verónica Secreto (UFRRJ – CPDA), Mônica Leite Lessa (UERJ), Théo Piñeiro (UFF), Valdir Gregory (UNIOESTE)

O território do atual oeste paranaense foi um dos primeiros lugares a ser conhecido e explorado quando do descobrimento do Brasil, principalmente em função de razões geopolíticas, decorrentes do Tratado de Tordesilhas. Tal região foi palco das ações jesuíticas que abalaram os alicerces do mundo colonial, conta com a existência de grandes leitos d'água navegáveis, além de possuir um solo extremamente fértil e constituir divisa com duas outras nações. No entanto, só sofreu ocupação efetiva apenas em meados do século XX. Desta forma, o presente estudo buscou compreender e explicar a ocupação relativamente tardia da região e a formação do espaço social sob a ótica do confronto entre tempos históricos diferenciados.

A fé no desvio: cultos africanos, demonização e perseguição religiosa – Minas Gerais, século XVII

André Luiz Lima Nogueira

Defesa: 03/11/04 – Mestrado

Banca: Hebe Maria Mattos (Orientadora), Daniela Buono Calainho (UERJ-FFP), Mariza Soares (UFF)

A partir das classes engendradas nas M.G. do século XVIII – fundamentalmente sob a Égide do Bispos de Mariana – descortinar as práticas religiosas africanas e seu sonho, a partir do referencial demonológico europeu.

Soberania no mundo atlântico: tráfico de escravos e a construção do Estado nacional no Brasil monárquico (1831-1850)

Lívia Beatriz da Conceição

Defesa: 08/11/04 – Mestrado

Banca: Hebe Maria Mattos (Orientador), Márcia Gonçalves (UERJ), Mariza Soares (UFF).

Este trabalho tem por objetivo analisar os últimos anos do comércio atlântico de escravos para o Brasil (1831-1850). Perceberemos, através de uma análise dos conflitos em que estiveram envolvidos os encarregados brasileiros e britânicos da suspensão desta atividade já tornada ilícita, que o fim do tráfico esteve relacionado a fatores internos, assim como às leis e aos decretos que buscavam viabilizar esta abolição. A abolição do tráfico de escravos esteve inserida no contexto da formação do Estado nacional no Brasil Monárquico, sendo um possível instrumento de leitura deste processo.

Catolicismo e luzes – a congregação do oratório no mundo português, séculos XVI-XVIII

Vivien Fialho da Silva Ishaq

Defesa: 19/11/04 – Doutorado

Banca: Ronaldo Vainfas (Orientador), Anderson Oliveira (UERJ), Célia Tavares (UERJ– FFP), Francisco José Silva Gomes (UFRJ), Lana Lage (UENF)

Análise dos tratados morais e da literatura religiosa produzida pela Companhia de Jesus e pela congregação do oratório. O objetivo é compreender as relações estabelecidas entre a coroa portuguesa e estes agentes eclesiásticos na construção da religiosidade colonial.

Como se livre nascera: alforria na Pia Batismal em São João del Rei (1750-1850)

Cristiano Lima da Silva

Defesa: 02/12/04 – Mestrado

Banca: Sheila de Castro Faria (Orientadora), José Roberto Pinto de Góes (UERJ- FFP), Silvia Brügger (UFSJ)

Esta dissertação aborda as 309 alforrias concedidas aos filhos de cativas na pia batismal da freguesia da Matriz de Nossa Senhora do Pilar de São João del-Rei, no período de 1751 a 1850. A análise destas manumissões revela algumas peculiaridades sobre as relações estabelecidas entre senhores, cativos, padrinhos e madrinhas, marcadas por vínculos parentais, afetivos e/ou de solidariedade, que contribuíram, de diferentes formas, para que estas crianças alcançassem a liberdade no batismo.

"Imago Gentilis Brasilis": modelos de representação pictórica do índio da Renascença

Yobenj Aucardo Chicangana Bayona

Defesa: 15/12/04 – Doutorado

Banca: Ronald Raminelli (Orientador), Maria Regina Celestino de Almeida (UFF), Therezinha Bauman (UFRJ – MN), Ulpiano Bezerra de Meneses (USP), Vânia Leite Fróes (UFF )

Estudo de História Cultural que aborda as representações iconográficas sobre os aborígines que habitaram as terras do Brasil, especificamente os tupinambás, feitas pelos europeus no século XVI. Para esta análise, foram abordadas fontes pictóricas variadas, como pinturas, desenhos e gravuras, de origens e contextos diferentes: portugueses, alemães, francesas, flamengas, holandesas e até uma pintura do Brasil Imperial. A partir destas fontes, analisa-se o processo de produção das imagens sobre o índio, desde seus modelos medievais e renascentistas, que permitiram aos artistas partir do familiar para compor imagens sobre uma realidade antes desconhecida.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    09 Ago 2007
  • Data do Fascículo
    Dez 2005
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