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Ferro, fogo e alívio das febres: o sudeste brasileiro e o impulso na direção da fronteira no início do século XIX1 1 O trabalho do qual este artigo decorre pôde contar com uma bolsa de produtividade em pesquisa nível 2 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), processo nº 306987/2012-0.

No início do século XIX, as discussões sobre a malária feitas por alguns médicos e várias autoridades com histórico de atuação em diversas regiões do Atlântico manifestavam a concepção de que o desmatamento teria implicações positivas para o saneamento. Isso se ligava a um avanço até então desconhecido na direção da apropriação da terra na fronteira agrária, a expensas de matas tradicionais, tendo esse avanço sido fortemente marcado pelo impacto das endemias rurais. Tudo se passava numa época marcada por crescimento da população livre brasileira, pela interiorização da lavoura canavieira, especialmente em São Paulo, pela expansão cafeeira, pelo avanço da fronteira agrária também como estratégia de sobrevivência para a pobreza, pela supressão da regulação da ocupação de baldios em 1822 e pelo enfrentamento da recessão atlântica do segundo quarto do século XIX. Avalia-se a difusão da concepção por meio de dados sobre migrações para a fronteira agrária e sobre o impacto da malária entre os livres.

malária no sudeste brasileiro; história agrária; história ambiental


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