Resumo:
O artigo analisa um conjunto de 22 catálogos de livreiros, publicados nas últimas décadas do século XIX, dedicados ao tema do positivismo. Essas listagens, às vezes chamadas de bibliotecas positivistas, permitem descrever como os livreiros no período pensavam o tema do positivismo e o mobilizavam em favor de suas vendas. Utilizando uma abordagem digital, notadamente a representação visual em forma de grafos, discutimos como os mais de 150 autores citados eram hierarquizados por esses agentes do mundo do livro, permitindo-nos falar em uma ordem dos livreiros. Analisamos também os impasses metodológicos envolvidos na aplicação dos grafos para compreender um conjunto de listagens, com vistas a contribuir para o debate do uso das tecnologias digitais na prática historiográfica.
Palavras-chave:
Bibliotecas positivistas; História digital; Redes