Resumo:
O presente artigo visa contribuir para o debate sobre os mecanismos para a efetivação da proibição da prática feminina de uma série de modalidades esportivas, notadamente do futebol, no Brasil, a partir de 1941, situação que se estendeu até 1979. A partir de um diálogo com a bibliografia sobre o tema e com a inclusão de fontes históricas oficiais e de imprensa, o trabalho avança na compreensão de como o Conselho Nacional de Desportos operava a interdição e como mobilizava teorias sobre a distinção entre os “sexos”, o que levou à regulamentação de um rol de esportes vedados às mulheres ainda em 1941. Por fim, por meio de um episódio vivenciado entre 1956 e 1957, demonstra como, passados 15 anos, novas experiências futebolísticas femininas foram, mais uma vez, interrompidas com base nas mesmas concepções sobre uma dada natureza das mulheres.
Palavras-chave:
Futebol de mulheres; Conselho Nacional de Desportos; Generificação; Proibição