O regime que pôs fim aos "100 dias de reforma" em Cuba é rotulado com frequência como "contrarrevolução" quando, na verdade, a expressão mais apropriada seria a de "populismo autoritário". O novo regime não reverteu a Revolução de 1933; muito pelo contrário, suas lideranças valeram-se da violência combinada com reformas revolucionárias como forma de incorporar, de maneira compulsória, um número cada vez maior de pessoas em um novo e ampliado sistema estatal de liderança. Fulgencio Batista recebeu o apoio de parte da classe trabalhadora ao longo do período democrático que vigorou durante a Segunda Guerra Mundial, mas o anticomunismo da Guerra Fria desestabilizou seu regime, esvaziando o populismo cubano de grande parte da sua substância.
Revolução; populismo; classe trabalhadora