Resumo:
O artigo analisa o processo de apropriação simbólica de Augusto dos Anjos pela cidade de Leopoldina (MG), onde passou seus últimos cinco meses de vida. Durante os mais de cem anos desde sua morte, uma série de ações tem reiterado o reconhecimento do poeta como patrimônio municipal. Busca-se compreender tal fenômeno a partir da trajetória de Augusto dos Anjos, do seu nascimento, no Engenho Pau-d’Arco, na Paraíba, em 1884, à sua morte, em Leopoldina, em 1914 e do lugar ocupado pela cidade no cenário sociocultural, político e econômico mineiro, entre o final do século XIX e meados do século XX, e que conferiu ao município o epíteto de Atenas Mineira. A pesquisa se valeu de fontes bibliográficas e documentais, o que permitiu compreender os principais marcos da imortalização do poeta empreendidos em Leopoldina, e as ações que buscaram estabelecer uma memória vinculante entre o ele e a cidade.
Palavras-chave: Augusto dos Anjos (1884-1914); Imortalização; Patrimônio cultural