Resumo:
Este artigo examina uma teoria da realeza que se tornou popular na corte de Carlos Magno no século IX. Adequada às articulações carolíngias de poder, ela centralizava o imperador em um sentido cósmico. Isso incluía tendências atmosféricas de longo prazo, um conceito que argumento ser semelhante ao clima moderno. Como um mau governante poderia produzir mau tempo, a teoria era uma arma de dois gumes, oferecendo oportunidades para a crítica política. Os cortesãos carolíngios viam os eventos atmosféricos como um espelho para o drama político da época. Examinamos as estreitas ligações que traçaram entre clima, poder e julgamento divino. Argumento que um biógrafo anônimo de Luís, o Piedoso, traçou conexões complexas entre a loucura do tempo (na forma de cheias climaticamente incomuns) e a loucura da rebelião. Também descrevo as dimensões climáticas das Histórias de Nitardo, que argumentam a favor de uma deterioração atmosférica de longo prazo (mais de 30 anos) ligada à instabilidade real.
Palavras-chave:
Realeza Carolíngia; História do clima; Paleoclimatologia