Resumo:
Este artigo procura documentar historicamente o processo de construção do Estado assistencial chileno, explorando o papel desempenhado pelas enfermeiras e assistentes sociais como executoras diretas das novas políticas sociais para proteger os trabalhadores, as mães e as crianças. Graças aos atributos conferidos à sua feminilidade, tornaram-se agentes estatais eficazes, aproximando a ação estatal das pessoas, atraindo famílias para o sistema das relações capitalistas e proporcionando informações úteis aos médicos para que os tratamentos curativos e preventivos fossem eficazes. Essas profissionais eram herdeiras das práticas de visitação das senhoras caridosas de origem aristocrática, mas tinham um novo perfil, porque fizeram parte de um número muito pequeno de mulheres de classe média que tinham um nível de escolaridade superior e que aspiravam a desenvolver uma carreira independente, leiga e científica.
Palavras-chave:
Estado assistencial; profissionais de saúde; Chile