Resumo:
O presente artigo propõe uma reflexão sobre a importância dos estudos em torno dos chamados “processos de confessionalização” para uma adequada compreensão da história ocidental em inícios da época moderna. O texto procura, inicialmente, precisar o aspecto distintivamente “moderno” do fenômeno confessional; a seguir, procura delinear a fortuna historiográfica desse fenômeno, entre a historiografia de viés providencialista praticada ainda no século XVI e a história social alemã da segunda metade do século XX. Nesse contexto, descreve o surgimento da chamada “teoria da confessionalização”, proposta por Wolfgang Reinhard e Heinz Schilling a partir de meados da década de 1970. Finalmente, propõe uma leitura crítica dessa teoria e discute a viabilidade de sua utilização, depurada do que se considera serem alguns equívocos e exageros; em especial, interessa-nos essa viabilidade para o trabalho de historiadoras e historiadores oriundos dos antigos domínios coloniais.
Palavras-chave:
época confessional; processos de confessionalização; época moderna.